Em nova entrevista para a rádio Q105.7, Richie Faulkner revelou que ainda lida com os efeitos colaterais do aneurisma aórtico que sofreu em 2021 durante show do Judas Priest. Na ocasião, o guitarrista foi hospitalizado às pressas e passou por uma cirurgia emergencial.
Hoje, quatro anos após o ocorrido, Faulkner revela ter ficado com sequelas do lado direito do corpo e detalha uma rotina constante de fisioterapia e medicação contínua, mas esclarece que não precisa fazer nada “muito pesado”.
“Tive um pequeno dano colateral no meu lado direito com coisas relacionadas ao que aconteceu”, detalha [transcrição via Blabbermouth]. “Então, preciso cuidar disso. Temos um fisioterapeuta na estrada e trabalho com ele três vezes ao dia: uma vez pela manhã — depois dessas entrevistas, vou trabalhar com ele na coordenação — antes do show e depois do show também.”
“No que diz respeito ao coração e tudo mais, são os remédios. Não posso comer muitas folhas verdes, o que não me incomoda muito. Eu tive sorte, de verdade. Há muitas pessoas no mundo com condições muito mais graves do que a minha. Então, me considero sortudo por estar aqui conversando com você”, conclui.
Questionado se isso significa que “está tudo bem” com sua saúde, Faulkner admitiu: “Até onde eu sei, mas você nunca sabe o que o espera. Você tem que viver cada dia ao máximo.”
Richie Faulkner sofreu segundo AVC um mês após o primeiro
Em entrevista para a PremierGuitar concedida em abril, Richie Faulkner revelou que sofreu um segundo AVC um mês após o incidente durante o show com o Judas Priest. Na ocasião, ele estava levando o cachorro para passear pelo bairro com sua família e sentiu seu rosto “ceder”.
Cerca de um ano após o ocorrido, já de volta aos palcos com o Priest, Faulkner ainda sentia os efeitos colaterais desses dois episódios. Foi quando descobriu que um lado de seu cérebro estava danificado.
“Estávamos em turnê e eu achei que estava tudo bem. Senti algo na minha mão direita, mas achei que fossem meus anéis”, conta. “Certa manhã, eu estava escovando os dentes e pensei: ‘Tem algo errado com a mão direita. Tem algo diferente.’ E com o pé direito, com a perna direita. Então, voltamos [ao hospital]. Fizemos alguns exames. Eles encontraram uma lesão no lado esquerdo do cérebro, que afeta o lado direito [do corpo].”
“Fizemos mais alguns exames. Eles encontraram o dano. Disseram que o fato de não ter desaparecido significa que não é um AIT (Ataque Isquêmico Transitório); é um AVC. O dano do AIT pode desaparecer. Já o AVC… É isso. Ele está danificado. Você tem dano no cérebro. Eu achava que tinha dano cerebral antes, mas isso é real. É uma coisinha no lado esquerdo’.”
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