Nicko McBrain, baterista do Iron Maiden, está muito orgulhoso com o resultado do décimo sétimo álbum da banda. Em recente entrevista ao Ultimate Classic Rock, o músico explicou todas as maravilhas de Senjutsu, defendendo pontos criticados por parte do público, como a duração das faixas mais longas e alguns elementos instrumentais. 

Na opinião de McBrain, Senjutsu supera todos os lançamentos do Maiden até hoje, mesmo se comparado a clássicos como Seventh Son of a Seventh Son, Piece of Mind ou The Number of The Beast. “Sem dúvidas, é uma obra de arte. Eu sempre digo isso sobre nossos discos novos, porque esses novos álbuns são a melhor coisa que já fizemos, sabe? Se não fosse, não teríamos lançado, certo? Mas, para mim, acredito que é definitivamente o melhor álbum que já fizemos”, declarou. 

O baterista também rebateu críticas e demonstrou toda a admiração pela produção de Kevin Shirley e Steve Harris. “Quer sejam nossos fãs, os resmungões, os engenheiros de estúdio em ascensão, todas as pessoas que acham que sabem o que sonoramente acontece no estúdio, [digo a] estes ‘especialistas’: Ok, você pode resolver tudo sozinho, mas Kevin e Steve se superaram. Eles trabalharam muito para fazer a sonoridade desse álbum funcionar. Cada faixa é diferente. É isso que amo neste álbum”, defendeu. “Em alguns dos álbuns anteriores, aumentamos o som da bateria e simplesmente seguimos assim em cada faixa. (…) E eles [encontraram sons diferentes] com todos os instrumentos desse álbum”. 

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Essas mudanças também foram listadas como um ponto positivo pelo músico. “Em muitas músicas – e eu não acho que já fizemos isso antes -, temos uma linha de guitarra abaixo da melodia vocal, que está fraseando a voz. E tem três ou quatro músicas nas quais fazemos isso, acho que foi algo que Steve fez e pensou ‘Oh, isso funciona muito bem, então vamos fazer isso’. Eu não lembro de músicas com a linha de guitarra abaixo do vocal – no vocal principal, não em uma harmonia ou no refrão, mas junto aos versos. Então isso foi uma primeira vez”, contou.

Outro ponto delicado no qual Nicko McBrain tocou durante a entrevista foi a duração das músicas mais longas do álbum, com algumas acima da marca de 10 minutos. Um dos pontos é a estrutura harmônica das músicas, além da necessidade de incluir solos para todos os guitarristas

De acordo com ele, o produtor tentou alertar a banda para o tempo em “The Parchment”. “Kevin disse, ‘Vocês perceberam que essas músicas tem mais de 12 minutos?’ E estamos todos sentados na sala e pensamos, ‘Não, sem chances de ter 12 minutos. Não tem como uma música ser tão longa. Aliás, o que você quer dizer com isso?’”, brincou. 

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