Enquanto a defesa de Marilyn Manson tenta invalidar o processo aberto pela ex-assistente do cantor, Ashley Walters, a advogada da suposta vítima teria alegado que sua cliente sofreu ameaças de violência que a levaram a ficar em silêncio.
Walters teria conhecido Manson em 2010 e trabalhado para o cantor até outubro de 2011, onde relata ter sido vítima de abusos sexuais, psicológicos e agressão física. De acordo com a defesa de Marilyn Manson, o processo deveria ser arquivado por exceder o tempo limite de prestar acusações de violência sexual pela lei. Walters prestou queixa em maio de 2021, uma década após o ocorrido.
A advogada de Ashley, Tanya Sukhija-Cohen, argumentou para o juiz Michael J. Stern que as ameaças sofridas pela ex-assistente de Manson devem ser consideradas. “Houve um portador de uma conduta inconcebível que a dissuadiu de abrir um processo, não apenas com ameaças, mas com violência, intimidação e outros atos coercitivos,” alega.
Os advogados de Ashley Walters argumentam também que sua cliente só conseguiu se pronunciar sobre os supostos abusos sofridos ao participar de um grupo de apoio organizada por outras vítimas de Brian Warner. O advogado de Marilyn Manson, porém, argumenta que o limite para tais acusações era de até três anos após o fim do contato de Walters com o músico e que “não houveram ameaças que a impediram de se apresentar” durante esse período e o momento em que ela decidiu se pronunciar.
Detalhes sobre o processo aberto por Ashley Walters incluem uma interação de cunho sexual forçada entre ela e Manson quando os dois se conheceram, além de jornadas abusivas de trabalho e picos de raiva e violência em que o cantor atirava objetos nela. Em revelação ainda mais chocante, Walters alega que Manson tinha o hábito de oferecê-la a seus amigos para que ela os “agradasse”, fosse através de atos de serviço, flertes ou deixando que elas a tocassem de maneira inapropriada.
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