Mais um nome se juntou à longa lista de mulheres que denunciaram o cantor Marilyn Manson por uma série de violências de caráter físico, sexual e psicológico. Ashley Walters, ex-assistente de Manson abriu um processo contra o artista nessa terça-feira, 18, alegando uma série de crimes que incluem agressão física, assédio sexual e inflição intencional de sofrimento emocional.

Segundo o relato do processo, Walters teria conhecido Manson em 2010, quando o artista entrou em contato com ela via MySpace elogiando seu trabalho de aspirante à fotógrafa. Depois disso, Manson teria convidado a fotógrafa para conhecer sua casa e discutir os termos de uma possível colaboração. Walters relata que Manson teria tirado algumas fotos dela e pedido para que ela tirasse sua blusa, para em seguida prendê-la na cama e tentar beijá-la à força, forçando a mão da fotógrafa para dentro de sua cueca.

Walters relata que conseguiu rolar para fora da cama e ir embora e se convenceu de que o episódio não configurava assédio, já que Manson tinha parado. Quando o artista entrou em contato novamente e ofereceu a ela o cargo de assistente pagando o dobro do que ela ganhava em seu emprego na época, Walters aceitou. 

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Ashley teria então notado que não havia “nada de normal” em seu emprego, alegando que Manson esperava que ela trabalhasse 48 horas seguidas e protagonizava momentos violentos, tendo episódios de raiva que incluíam “jogar pratos em Walters, empurrá-la contra a parede e constantes ameaças”, chegando inclusive a mandar um e-mail para ela com uma foto de sua ex-namorada, a atriz Esmé Bianco, com as costas cortadas e a legenda: “Viu o que acontece?”

O relato bate com as acusações de Bianco, que também processou Manson por uma série de torturas físicas, sexuais e psicológicas, alegando que os abusos tiveram início quando ela foi gravar o videoclipe de “I Want to Kill You Like They Do in the Movies”, que nunca foi lançado. Bianco teria sido presa com cabos enquanto Manson a machucava com um chicote e em seguida usava brinquedos elétricos em seus ferimentos, em uma sessão de tortura que durou quatro dias.

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Além do comportamento agressivo do cantor, Ashley Walters alega que Manson tinha o costume de oferecê-la a seus amigos homens da indústria para que ela “os agradasse”, fosse servindo comida, flertando com eles ou deixando que eles a tocassem de maneira inapropriada, mencionando um episódio onde o cantor a teria jogado no colo de um ator e dito que ele podia “tê-la”. Manson também chantageava a vítima por meio de uma série de fotos que ele a teria forçado a tirar usando artefatos nazistas, comportamento que ele repetiu durante seu relacionamento com a atriz Evan Rachel Wood, que teria testemunhado comportamentos racistas e nazistas do cantor, que gostava de chamá-la de “judia” de modo pejorativo.

Ao fim de 2011, Manson teria demitido Walters sob alegações de que ela estava tentando “sabotar sua carreira”. O cantor teria então hackeado a conta do Facebook da moça, a acusado de tentar roubar sua arte e feito uma série de ameaças contínuas. O relato completo do processo está disponível via The Cut.

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