Lars comenta o Desert Trip

Em entrevista na rádio CBC Radio One, o baterista Lars Ulrich foi questionado sobre como é tocar músicas que foram compostas há 35 anos, se ele ainda aguenta o peso. Na pergunta, o entrevistador diz que Neil Peart havia dito que “se ele tocasse como Charlie Watts ele continuaria tocando, mas como ele é Neil Peart e pega pesado, precisa parar”.

O baterista comentou o festival Desert Trip que aconteceu na Califórnia em Outubro, que contou com Paul McCartney, Neil Young, Rolling Stones, Bob Dylan, Roger Waters e The Who:

“De todas as bandas que tocaram, e todas foram ótimas, tem uma coisa que eu percebi… E todos estão aos 70 anos. Eu não chequei isso direito, mas foi o que me falaram. E só havia uma das bandas que tinha o baterista original. Os outros tinham um baterista com 20 ou 30 anos, e isso deveria lhe dizer algo, né? Então apenas Charlie
[Watts, do The Rolling Stones] estava lá, e ele estava ótimo.

“Mas como Neil Peart disse, o que ele faz é um pouco diferente. É um pouco mais Jazz. E muitos dos bateristas de Jazz, como Elvin Jones, Max Roach, Tony Williams, estes caras ainda continuaram tocando com 70 e 80 anos.

Se eu consigo tocar as Fight Fire’s ou as Battery’s e Master Of Puppets’ e tudo quando eu tiver no meio dos 60, no começo dos 70, eu não sei. E tem uma segunda parte disso, que é… Talvez eu ainda consiga tocar. Mas se eu consigo trazer o peso, e a energia, a atitude que as músicas merecem com 60 e 70 anos, eu não faço ideia.

Espero que a gente tenha a clareza de saber se não está funcionando, e que possamos nos afastar com graça e respeito. Mas agora estamos bem, tocamos uns de nossos melhores shows nos últimos anos, e acho que ainda há força na máquina. Mas se continuaremos assim aos 70… Espero ter a chance de descobrir”

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