A banda de post-punk, Protomartyr, vem com um novo álbum, Ultimate Sucess Today, em breve, dia 29 de maio. Antes disso, a banda está lançando algum singles, entre eles, o clipe da faixa “Processed by the Boys”, que chamou a atenção do Brasil, por referenciar um excêntrico meme vindo da capital do Amazonas.

No começo de abril, o Wikimetal conversou com Joe Casey, vocalista do Protomartyr sobre o novo álbum, a inspiração brasileira para o novo vídeo, e a realidade da quarentena. Confira abaixo!

Wikimetal: Primeiramente, obrigada por falar com a gente do Wikimetal, e queria saber como você está?
Joe Casey: Estou ótimo!

WM: O próximo e quinto disco do Protomartyr, Ultimate Sucess Today, será lançado no dia 29 de maio. Como foram as gravações desse álbum?
JC: Então, o nosso processo de gravação foi um pouco diferente dos outros discos, porque eu estava muito doente, então minha visão do mundo, digamos mudou por conta da doença, o que refletiu bastante no novo disco. E eu pensei muito sobre o começo da banda, nos primeiros discos, e sobre o sentimento que eu tinha naquela época, um sentimento de urgência, mas refleti-lo no hoje, porque é tudo que importa, na verdade.

WM: As capas dos álbuns do Protomartyr são sempre incríveis, como a capa do novo disco foi escolhida?
JC: Então… eu estava estudando e descubrindo um pouco sobre mulas, são animais incríveis. E, não sei, eu só sabia que queria que uma mula fosse a capa do novo disco! (Risos)

WM: E, falando sobre a faixa “Processed by the Boys”, Como vocês descobriram o vídeo brasileiro que serviu de inspiração para o clipe. E por que ele foi a combinação perfeita para a faixa?
JC: Estava assistindo aqueles compilados de vídeos engraçados na Internet, sabe? (risos) E aí me deparei com essa cena de um cara batendo num fantoche, e achei fascinante! (risos) O vídeo é tão caótico, tem tanta coisa acontecendo, o apresentador é incrível, a platéia, tudo. Ele contrasta muito bem com as nossas músicas, que são bem deprimentes. Eu queria ir ao Brasil e quem sabe fazer um show com alguém do vídeo original no palco com a gente!

WM: Nossa… eu acho que vocês devem isso pra gente! Isso seria incrível, acho que as pessoas iam adorar.
JC: Sim, seria demais! (risos) E quero ir principalmente à Manaus, aonde tudo acontece.

WM: No último álbum de vocês, Relatives in Descent, mesmo em meio de canções típicamente Protomartyr, ou seja, tristes, melancólicas, e tudo mais, um tema muito comum era o de encontrar esperança na escuridão… Como você está encontrando esperança na escuridão?
JC: Então… (risos), eu acho que quando os jornalistas vem perguntar pra gente isso, eles esperam que a gente dê alguma resposta positiva, inspiradora para quem está lendo… mas estou vivendo um dia de cada vez, lendo bastante, ouvindo bastante música.

WM: Falando sobre música, o que você está ouvindo nessa quarentena?
JC: Bastante coisa, mas principalmente uma cantora que é de Detroit assim como a gente [o Protomartyr], o nome dela é Shells, se soletra “S-h-e-l-ls”. Ela em uma sonoridade meio jazz, um pouco animada, que me faz se sentir bem, ela é muito talentosa.