Cannibal Corpse é uma banda conhecida pela estética brutal e extrema, desde o som até letras e clipes. A capa do último álbum da banda, Violence Unimagined, foi considerada gráfica demais para o público geral e o grupo precisou trabalhar em uma versão censurada da imagem para divulgar o álbum.

Feita em parceria com o colaborador de longa data Vince Locke, a capa original mostrava a mesma mulher demoníaca com um feto. Em entrevista ao site Heaviest of Art sobre o assunto, o baterista Paul Mazurkiewicz explicou o conceito da imagem ao lado do artista.

“Eu pensei no título ‘Violência Inimaginada’ e imediatamente pensei que deveria ser insana. (…) Acabamos fazendo aquela versão censurada também, mas cara, que capa ótima. Acho que é um dos nossos melhores e um dos melhores do Vince”, elogiou Mazurkiewicz. “Aquele é o Cannibal Corpse bem ali. Estou feliz por termos seguido esse caminho, porque sei que os fãs reagiram de forma muito positiva”.

De acordo com Locke, a versão original resultou em problemas de distribuição do álbum para a gravadora, então ele trabalhou na segunda versão como “acompanhante” da primeira. “Adoraríamos ter apenas uma capa, é claro. Isso é o que você quer. Nós somos Cannibal Corpse e devemos ter uma capa brutal”, comentou o baterista. “Cara, qual é! Que ano é este? É apenas uma obra de arte. Não é culpa da Metal Blade [gravadora], é claro, mas é ridículo que não possamos ter uma capa como essa e deixar por isso mesmo (…). Em um mundo perfeito, teríamos apenas uma capa”.

Em entrevista ao canal Knotfest, o vocalista George Fisher também comentou o assunto. “Eu tenho duas filhas e não estou irritado com a capa. É perturbador, repugnante”, assumiu. “Algumas pessoas ficaram bravas, acharam que estávamos forçando uma agenda política e não estamos. (…) Nossa agenda é música muito rápida e brutal, letras muito rápidas, nojentas e brutais, capa de álbum muito nojenta e perturbadora. Se não gosta, vá embora”.

Veja as duas versões da capa abaixo.

Versão censurada da capa de 'Violence Unimagined' (esq.) e capa alternativa (dir.), do Cannibal Corpse
Versão censurada da capa de ‘Violence Unimagined’ (esq.) e capa alternativa (dir.), do Cannibal Corpse. Crédito: Divulgação

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