A banda norte-americana Between the Buried and Me está prestes a desembarcar no Brasil com a turnê que celebra os 20 anos de carreira do grupo. Com apenas um show no país, a banda de metal progressivo tocará no Fabrique Club, em São Paulo, dia 15 de março – ingressos ainda estão a venda no site da PixelTicket.
Enquanto se prepara para se apresentar no país pela primeira vez, o baixista Dan Briggs bateu um rápido papo com o Wikimetal. Veja logo abaixo.
Wikimetal: Quais são suas maiores influências e como elas transparecem no som da banda?
Dan Briggs: Minhas maiores influências são os filmes de David Lynch, um dia em uma galeria de arte contemporânea, dias tranquilos nos bosques perto da minha casa, um boa xícara de café e longas viagens de carro.
WM: Vocês têm um som bem eclético, você pode me contar mais sobre o processo criativo?
DB: Eu acho que nós escolhemos as situações que nos expõe, mas a partir daí nós não temos controle de como essa informação será processada e se isso vai influenciar cada um dos integrantes na forma como ele escreve. Nós estamos sempre evoluindo e a cada disco, um membro da banda compartilha algo que me surpreende, o que é incrível após 20 anos.
WM: O que eu realmente gosto é o peso que a banda tem e como esse peso combina perfeitamente com as canções mais leves. Isso é algo que vocês levam em consideração quando vão em estúdio?
DB: Nossas músicas estão 100% prontas quando vamos ao estúdio. Algumas bandas podem aparecer no estúdio e escrever tudo lá, mas o estilo de música que escrevemos e o jeito que trabalhamos não é assim e tudo bem. Então nossa dinâmica muda sempre, todas as demos já foram regravadas e trabalhadas diversas vezes antes de entrar no estúdio.
WM: Vocês têm 20 anos de história, isso é bastante. Vocês vêem alguma mudança no rock e no metal hoje?
DB: Nós temos a sorte de não seguir nenhuma tendência e de ter colaborados diferentes em cada fase da nossa carreira que ainda nos acompanham nessa aventura.
WM: O nome da banda foi inspirada na música “Ghost Train” do Counting Crows, certo? Como surgiu essa ideia?
DB: Primeiro de tudo, esse é um ótimo álbum [August and Everything After, de 1993], é um clássico da época. Adam [Duritz, fundador, compositor e vocalista do Counting Crows] é muito poético com as palavras e eu acho que a frase tocou Paul [Waggoner, guitarrista do Between the Buried and Me] e é algo que deve fazer as pessoas pararem para pensar.
[“I took the cannonball down to the ocean / Across the desert from sea to shining sea / I rode a ladder that climbs across the nation / Fifty million feet of earth between the buried and me” e em tradução livre: “Leveia bala de canhão até o oceano / Através do deserto de mar a mar brilhante / Eu subi em uma escada que sobe em todo o país / Cinqüenta milhões de pés de terra entre os enterrados e eu”]
WM: Vocês virão ao Brasil pela primeira vez. O que esperam daqui?
DB: Muito sol e bolas de futebol.
WM: E o que os fãs podem esperar dos shows?
DB: Nenhuma bola de futebol e músicas de todas as fases que compõe os 20 anos de banda.

SERVIÇO: Between the Buried & Me em São Paulo
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Data: 15 de março de 2020
Horário: 18 horas (portas)
Local: Fabrique Club (rua Barra Funda, 1071 – Barra Funda, São Paulo/SP)
Ingresso: R$ 110,00 (1º Lote, meia promocional, mediante entrega de 1 quilo de alimento no dia do evento, e estudante)
Venda física: Locomotiva Discos – sem taxa, somente em dinheiro (rua Barão de Itapetininga, 37 – SP/SP)
Classificação etária: 16 anos