Spencer Elden, mais conhecido como “Bebê Nirvana”, perdeu novamente o processo movido contra a banda, alegando exploração sexual e produção de pornografia infantil. Ele diz ser vítima de exploração sexual infantil depois de estrelar a capa do álbum Nevermind (1991) com quatro meses de vida.
O juiz Fernando M. Olguin decidiu na última quarta-feira, 1, que a imagem usada na capa do álbum de sucesso de 1991 “não é pornografia infantil”. Segundo a a Billboard, o juiz disse:
“Nem a pose, o ponto focal, o cenário ou o contexto geral sugerem que a capa do álbum apresente conduta sexualmente explícita. Esta imagem — uma imagem que se assemelha muito a uma foto de família de uma criança nua tomando banho — é claramente insuficiente para fundamentar uma condenação por pornografia infantil.”
O juiz também destacou que Elden, agora com 30 anos, lucrou com a capa do álbum ao se referir a si mesmo como o “bebê do Nirvana” e dar autógrafos:
“O autor, por muitos anos, abraçou e se beneficiou financeiramente de sua aparição na capa do álbum. As ações do autor em relação ao álbum ao longo do tempo são difíceis de conciliar com suas alegações de que a capa do álbum constitui pornografia infantil e que ele sofreu sérios danos como resultado”, completou o juiz.
Spencer Elden abriu processo contra o Nirvana em 2021. Na época das imagens, Elden tinha apenas quatro meses de vida e acusa o Nirvana de exploração sexual e produção de pornografia infantil, uma vez que ele não poderia consentir com a sessão fotográfica feita exclusivamente para Nevermind.
O juiz Fernando M. Olguin arquivou o processo em setembro 2022, após meses na justiça, apesar das várias tentativas de Elden de adicionar provas ao processo, citando inclusive passagens do diário de Kurt Cobain. Meses depois, Spencer Elden apelou contra o arquivamento do processo, e pela terceira tentativa, perdeu o processo, não cabendo mais recursos.
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