Angra chegou a São Paulo com a turnê de comemoração do álbum Rebirth no último domingo, 19, no Espaço Leste – mas não sem dificuldades. 

O show de domingo passou por diversas questões antes do aguardado início: programado para 21h10, só começou às 23h por um atraso da equipe técnica, que ficou presa no trânsito de ônibus entre Vilha Velha, no Espírito Santo, e a casa de shows na zona leste de São Paulo, em uma viagem de cerca de 20 horas totais, segundo integrantes da equipe. 

O público presente foi informado sobre a situação para além do controle da banda depois de mais de uma hora de espera e alguns fãs decidiram ir embora, provavelmente pela localização da casa e o começo da semana útil no dia seguinte.

A equipe teve pouco tempo para ajustar os instrumentos no palco e a banda ainda precisou de alguns ajustes micronas primeiras músicas para ajustes, tendo sofrido ainda com microfonia breve em vários momentos da performance, mas todos esses “percalços”, nas palavras de Rafael Bittencourt, foram superados pelo encontro da banda e público.

Apesar de uma plateia diminuta em comparação a outros públicos que a banda terá na turnê, como no próximo show em São Paulo, que acontecerá em 02/07 no Tokio Marine Hall, que também será transmitido ao vivo em pay-per-view, as pessoas que se aglomeravam em frente ao pequeno palco ansiavam por aquele momento, iniciando um coro de “Olê, olê, olê, olê! Angra, Angra!” assim que a introdução da tour surgiu no telão.

Assim que Felipe Andreoli, Fabio Lione, Marcelo Barbosa, Bruno Valverde e Bittencourt entraram no palco, até as eventuais reclamações por explicações de atraso e o cansaço pela espera estendida pareciam esquecidas, com o público cantando bem a abertura com “Nothing To Say” e “Black Widow’s Web”.

A plateia mostrou toda a energia com o início da tracklist do Rebirth, álbum apresentado na íntegra na turnê, encontrando o Angra também dedicado em realizar um espetáculo, apesar dos contratempos. Da época do lançamento do álbum, apenas Rafael Bittencourt e Felipe Andreoli seguem na banda, mas a formação atual da banda, que segue com essa escalação desde 2015, quando Barbosa entrou, já é mais que familiarizada com o repertório do disco, que foi executado com paixão. 

Logo após “Acid Rain”, a plateia começou a gritar “Fabio, Fabio!” e, certamente, o vocalista merece o destaque da noite, como Andreoli fez questão de enfatizar ao público. “Esse cara passou mais de 20 horas no ônibus, está cansado”, contou ao elogiar o colega, que viajou com a mesma equipe que sofreu atrasos ao encontrar um acidente de trânsito no trajeto de ônibus, ao contrário dos colegas, que viajaram de avião e chegaram antes na casa de shows. 

Mesmo assim, Lione fez uma performance carismática e técnica, com espaço para brincadeiras com a plateia ao pedir que repetissem vocalizes especialmente complicados (sem sucesso, claro). “Mas vocês estão cansados?”, disse antes de orientar o público a se manter na região média da voz, elogiando os resultados na sequência. O italiano, já bem entrosado com o público brasileiro, entregou vocais impressionantes no show e até líricos em “Visions”, encerramento do Rebirth.

Foi neste ponto que encerramos nossa cobertura em virtude do horário, mas o show ainda continuaria com grandes hits da banda, como “Bleeding Heart” e “Carry On” no encore. Angra e os fãs, tão dedicados e pacientes, conseguiram superar tantos problemas e o resultado foi um encontro intimista, mas forte e que mostra a intensidade do vínculo do público com as músicas. A turnê Rebirth segue até 17 de julho, podendo ter novas datas em dezembro

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