Nos primórdios do Sepultura, durante a década de 1980, Iggor e Max Cavalera eram apenas dois irmãos adolescentes com um sonho, sem instrumentos adequados ou experiência musical. Quando chamaram a atenção de um empresário, não foi pela música, mas graças a uma confusão. 

A banda estava em São Paulo para um concurso de bandas ao estilo American Idol quando João Eduardo Faria Filho, fundador da Cogumelo Records, viu o Sepultura pela primeira vez. “Eu lembro que eu fiquei puto, não sei porquê, e comecei a xingar todos os juízes”, contou Max em entrevista ao quadro The Wikimetal Happy Hour. “[Falei] ‘Vai todo mundo mundo tomar no c*, você vai se f****, você vai tomar no c*, eu quero que vocês todos se fo***!’”

Para piorar a reação de Max Cavalera, uma das juízas cortou o microfone dele ao ouvir as ofensas. “No meio da música, eu fui lá e cuspi na cara dela, aí começou uma confusão, [chegaram] seguranças, cara”, narrou. 

Diante dessa cena, ficou impossível para o Sepultura não ser notado pelo dono da gravadora que assinaria com o grupo futuramente para o lançamento do EP Bestial Devastation. “Olha, eu não gostei do som, mas a atitude tá boa”, disse João. “Se vocês melhorarem o som um pouquinho, tem alguma coisa aí, dá para fazer alguma coisa em cima disso”. 

Na mesma conversa, o guitarrista também lembrou as primeiras gravações em estúdios profissionais depois de compor as músicas de forma “precária” e improvisada.  “O engenheiro de som queria que eu desligasse a distorção e usasse a guitarra limpa. E eu tentando explicar para o cara o som”, relembrou. Assista ao trecho aqui

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