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Apesar de uma das principais características da banda ser a parte instrumental, Dream Theater possui diversas músicas com letras inteligentes, tratando de temas profundos e diversos.”

 

Por Maurício Oliveira

Dream Theater é uma banda repleta de músicos de excelente qualidade, premiados diversas vezes e citados em listas de melhores guitarristas/baixistas/bateristas do mundo de várias revistas especializadas. Além dos prêmios individuais dos músicos, seus álbuns também sempre foram muito bem reconhecidos e premiados. Até para quem não gosta muito de metal progressivo, mas que toca algum instrumento, ouvir Dream Theater pode ser um grande aprendizado. E para quem não conhece a banda ainda, tentei listar alguns motivos que me fazem admirar essa banda.

Seis razões para ouvir Dream Theater:

1. Qualidade da banda
Dream Theater é uma banda repleta de músicos de excelente qualidade, premiados diversas vezes e citados em listas de melhores guitarristas/baixistas/bateristas do mundo de várias revistas especializadas. Além dos prêmios individuais dos músicos, seus álbuns também sempre foram muito bem reconhecidos e premiados. Para quem gosta de música bem feita, de qualidade, explorando os instrumentos individual e coletivamente, Dream Theater é uma ótima opção.

2. Mensagens subliminares
O Dream Theater adora colocar “mensagens subliminares” em seus álbuns. Existe uma ligação entre diversos álbuns da banda, onde a última nota da última música de um álbum é a mesma primeira nota que inicia a primeira música do álbum seguinte. Este conceito de continuidade é bastante explorado pela banda, e termina no álbum Octavarium onde a última música termina exatamente como começa a primeira, fechando um ciclo entre álbuns mas deixando esse ciclo infinito dentro do próprio álbum. Aliás, Octavarium é um álbum cheio de curiosidades, ligados aos números 5 e 8 (a capa possui o pêndulo de Newton com 8 bolas, com 5 pássaros entre as bolas nas posições que formam uma oitava musical, por exemplo). E não pára por aí, o encarte inteiro desse álbum é cheio de simbolismos muito bem planejados, vale a pena dar uma olhada.

 Capa do Octavarium: a primeira bola à esquerda é Fá, as bolas são teclas brancas do piano e os pássaros são as pretas.


3. Gravação constante
A banda consegue manter um período razoável na produção de álbuns de estúdio, levando sempre 2 ou 3 anos entre um lançamento e outro. Isso é ótimo para quem é fã da banda e não quer ficar esperando muito tempo por novas músicas, cada álbum novo é garantia de qualidade para quem gosta de metal progressivo. Por exemplo, o último de estúdio da banda (A Dramatic Turn of Events) saiu em setembro de 2011 e já foi anunciado em abril desse ano que já estão em processo de composição do próximo álbum. E tudo isso alternado com diversas turnês, álbuns ao vivo, singles, shows cover em homenagem à grandes bandas e projetos paralelos de membros da banda.

4. Metropolis Pt. 2: Scenes from a memory
Este álbum foi lançado em 1999 (o quinto de estúdio) e é considerado por muitos fãs como um dos melhores da banda até hoje. Foi o primeiro álbum após a entrada oficial de Jordan Rudess nos teclados e contém a formação mais conhecida e clássica da banda (Petrucci, Portnoy, Myung, LaBrie e Rudess). Uma das características mais marcantes do álbum é a sua temática: ele conta a história de Nicholas, um personagem que descobre sobre sua vida passada e a cada música mais uma etapa dessa história é narrada de maneira muito bem elaborada. Vale a pena ouvir mesmo.

5. Letras das músicas
Apesar de uma das principais características da banda ser a parte instrumental, Dream Theater possui diversas músicas com letras inteligentes, tratando de temas profundos e diversos. Além do Metropolis Pt. 2 já comentado, que possui todas as músicas narrando etapas de uma mesma história, existe, por exemplo, o álbum Six Degrees of Inner Turbulence, que é um álbum duplo onde o segundo disco é conceitual e trata de seis diferentes doenças mentais. Muitas outras músicas em toda a carreira da banda possuem letras incríveis e bem escritas, mostrando que a banda não é apenas uma coleção de instrumentos bem tocados.

6. Compromisso com os fãs
Além de estarem constantemente em estúdio, a banda está sempre realizando turnês (inclusive mundiais), lançando álbuns ao vivo (com alguns excelentes, como Scenes from New York e Live at Budokan) e singles. Aliás, foi essa dedicação imensa aos fãs que supostamente levou à saída de Mike Portnoy, co-fundador da banda, do cargo de baterista. Mike queria um tempo de descanso após ter dedicado anos em sequêncica da sua vida à banda e aos fãs, mas o restante do grupo não quis esse tempo. Antigamente a banda ainda fazia shows com duração de 3 a 4 horas, chamados de “An evening with…” (Uma noite com…), sem bandas de abertura e com uma pausa no meio. Infelizmente não acontecem mais, pois eram muito cansativos e já chegaram a resultar na hospitalização de Portnoy. Isso que é dedicação aos fãs.

 Dream Theater dando a notícia à Mike Mangini, novo baterista da banda.


Espero ter convencido alguma pessoa a começar a ouvir Dream Theater, ou fazer com que alguém escute novamente com uma visão diferente. Eu mesmo escuto diversas vezes cada música, prestando atenção nos diferentes instrumentos de cada vez, e sempre me surpreendo com a qualidade das músicas e percebo coisas que não havia percebido antes. E isso aí e até a próxima, abraço!

 

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