O guitarrista do Twisted Sister, Jay Jay French, falou na última quinta-feira, 16, ao canal Syncin’ Stanley sobre o uso de faixas de acompanhamento nas apresentações ao vivo e citou como exemplo os Rolling Stones que, segundo ele, mal tocam e usam dublês nos shows. A entrevista no Youtube pode ser conferida ao final desta matéria.

“Isso se aplica principalmente aos cantores, embora em uma banda como os Rolling Stones o único que seja realmente bom hoje em dia é Mick Jagger. Seus vocais, na verdade, continuam tão bons quanto antes, isso se não melhoraram ainda mais. Já o resto da banda realmente precisa de ajuda. Keith Richards e Ronnie Wood têm artrite e mal conseguem tocar. Eu entendo que eles usam guitarristas dublês nos bastidores em noites em que realmente não podem tocar” (transcrição via Alternative Nation).

Já o Twisted Sister, que terminou em 2016, nunca teria utilizado tal recurso: “Nós, como banda, Twisted Sister, tocamos ao vivo. Nós nunca usamos faixas de acompanhamento em 15 anos de shows, desde 2003 até o momento em que nos aposentamos. Tudo estava lá – toda a guitarra, baixo, canto – tudo era ao vivo. Mas eu não condeno as bandas que usam faixas de acompanhamento”.

Recentemente, o grupo foi adicionado ao Metal Hall of Fame com formação clássica, apresentando três músicas na cerimônia de gala.

O guitarrista continuou a entrevista dizendo que o principal motivo por trás desses truques sonoros é o envelhecimento. “Não temos mais 20 anos. A maioria de nossos heróis tem agora 70 ou perto de 80 e eles não podem mais fazer isso”.

Robert Plant, do Led Zeppelin, seria para ele um dos únicos artistas que ainda performa as músicas ao vivo de maneira verdadeira e original.

Jay Jay, porém, explicou que o cenário do uso de faixas de acompanhamento é mais complexo do que se imagina: “Como empresário, essa é uma resposta muito complicada. Eu poderia dizer: ‘Oh, é uma porcaria. Todo mundo deveria fazer tudo de verdade’, mas há muito dinheiro na mesa e as bandas estão sob muita pressão para replicar os discos”.

“E eu acho que, no final das contas, a verdadeira resposta é: os fãs se importam ou não? E se os fãs não se importam, e há muito dinheiro na mesa, a banda está sob muita pressão para replicar um disco, então os grupos veteranos saem impunes ao fazer isso. Se essas bandas acreditam que os fãs tolerarão isso, então elas saem impunes e fazem isso. Não cabe a mim dizer se eles deveriam ou não. Você faz o que sente que pode fazer, e sai impune se sentir que pode sair, e mais poder para você”.

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