O apresentador e crítico musical Regis Tadeu é conhecido por não ter papas na língua quando fala sobre qualquer assunto – e não seria diferente ao analisar o cenário atual da música. 

Em entrevista ao quadro The Wikimetal Happy Hour, Tadeu observou como o sucesso comercial mudou atualmente, sendo mais baseado em streamings e número de acessos. “Porque ninguém compra mais discos, tirando eu, você [Nando Machado] e uma meia dúzia de gatos pingados, ninguém quer saber de LP, de CD”, criticou. “Você pega essa geração nova de débeis mentais e mostra um CD para eles, e eles não conseguem entender pra quê uma música precisa estar em uma mídia física, sendo que pode estar na nuvem”. 

Na visão de Regis Tadeu, o volume de likes, compartilhamentos e acessos não está necessariamente atrelado ao sucesso e uma base de fãs formada. “Um artista pode ter dois milhões de visualizações no vídeo dele, sendo que [a maioria] foi lá para dar risada”, pontuou. 

Questionado se existe alguma crise artística no Brasil, o crítico musical foi direto ao ponto, dividindo os artistas nacionais entre música popular brasileira, incluindo MPB, rock e jazz, e a “música popularesca brasileira”, que seria o mainstream, “formada por essas duplas sertanejas que nunca subiram em um cavalo na vida, a não ser na hora de andar de carrossel” e um funk voltado ao pop, longe das raízes do estilo. “Fazem um pop muito do sem vergonha”, disse ao citar nomes como Anitta, Ludmilla e Pabllo Vittar.

Assista o trecho abaixo ou veja o papo na íntegra aqui.  

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