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No Brasil, infelizmente, aquele chavão que o sucesso dos outros incomoda é mais que evidente.”

Por Gilberto Morais

 

Olá amigos!

Há muito tempo venho acompanhando o burburinho a respeito destas moças e o barulho que anda repercutindo no meio underground.

É notório que causa espanto uma banda que sequer muitos tinham ouvido falar, em questão de meses, abrir shows internacionais relevantes (Exodus, Raven e o combo Artillery/Exumer), além de todo fim de semana estar em plena atividade, tocando ao vivo em tudo quanto é canto a pleno vapor, fora a divulgação maciça na mídia especializada.

Mas sabe o que é isso em meu conceito? Sucesso.

O power trio soube explorar as barreiras de nosso meio underground e soube se promover dignamente. E não há mal nenhum explorar o marketing devido. Elas estão mais do que certas e têm mesmo que aparecer em todos os canais e veículos especializados, sim, seja podcasts, web rádios, o que for.

E em nenhum momento, a estratégia de utilizar a imagem de um power trio de thrash metal feminino foi usado de forma equivocada. É claro que chama mesmo a atenção. Ao menos gera uma curiosidade por parte das pessoas para conferir e ver qual é a delas.

Sobre o som, e como elas frisaram, ter escolhido como carro chefe a excelente faixa “Masked Betrayer” e ainda ter investido num clip de alta qualidade para uma banda sequer sem demo tape (na época) foi uma atitude ousada, louvável e são merecedoras de todos os frutos que andam colhendo.

No Brasil, infelizmente, aquele chavão que o sucesso dos outros incomoda é mais que evidente. Deveríamos bater palmas para as meninas por chamarem a atenção de mitos como o Schmier (Destruction) e a Napalm Records que assinou com as minas.

É bem verdade que o som delas não é revolucionário, mas é de uma sinceridade ímpar e soa feito com muita vontade, tesão e garra.

É simples? Sim, é simples, mas sabe o que é o melhor da música? Músicos que sabem fazer da simplicidade algo magistral. E elas tem conseguido isso. É como fazer um simples spaghetti ao sugo. É a massa e o molho de tomate como ingredientes, mas sabendo fazer direito, este prato simples irá deliciar muita gente e as moças com o thrash simples e direto, muito influenciado pelo Destruction, conseguiram obter um resultado excelente.

E para isso, a música sobrepõe a imagem. Que utilizem o marketing de ser banda de mulheres tocando um thrash vigoroso e nervoso, pois talento elas demonstram que têm e sabem antes de mais nada divulgar sem precisar apelar à fotos sensuais e ousadas.

Meus parabéns e continuem assim e trilhem este caminho que escolheram, pois é o certo. E não se abatam com as esparsas críticas destrutivas e se atentem às críticas construtivas como esta que vou dar agora: Aprimorem-se ainda mais em seus instrumentos. Com mais recursos, vocês só terão a crescer.

Até a próxima.

*Este texto foi elaborado por um Wikimate e não necessariamente representa as opiniões dos autores do site.

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