Joel Hoekstra nasceu no subúrbio de Chicago, em Orland Park, uma cidade pequena e com a economia pouco desenvolvida. Filho de musicistas clássicos, começou a tocar violoncelo e piano quando criança. Foi ouvindo Angus Young, no AC/DC, que decidiu tocar guitarra.

Talvez por seu passado humilde, até hoje Joel se surpreende por ter virado guitarrista do Whitesnake em 2014. “Eu cresci em uma área de onde nunca saiu grandes personalidades. Ninguém acreditava que eu conseguiria chegar em algum lugar”, disse em entrevista ao Wikimetal. “Eu não sou o maior rockstar do mundo, mas me sinto abençoado por ter realizado meu sonho”.

Hoekstra entrou para a banda durante a gravação de The Purple Album, reimaginação da era-David Coverdale do Deep Purple. Em 2019, lançou o novo disco, Flesh And Blood, fez turnês nos EUA e na Europa e, agora, vem ao Brasil para o Rock In Rio e o Rockfest.

Sobre o disco, Joel disse que não sentiu muita pressão ao fazer o trabalho. “Não importa o que você vive na indústria musical, você tenta fazer seu melhor. Sempre haverá gente criticando e gente apoiando. Tento focar nisso.”

O guitarrista co-escreveu o disco com Coverdale. “A maioria das ideias vieram dele, aí ele me passava e eu trabalhava em cima de um riff ou de um refrão. David é maravilhoso, amo trabalhar com ele”. A atitude de Joel parece ser sempre essa, de agradecer por tudo o que vive. “Flesh And Blood captura todas as eras do Whitesnake. Mas eu não tenho um momento favorito da banda. Eu tento só fazer o melhor trabalho possível. Não ia adiantar nada eu fazer um trabalho merda e falar qual a minha época favorita da banda”, ri.

Flesh And Blood realmente soa como a junção perfeita de tudo o que o Whitesnake representa. E de quem faz parte da nova formação. E é com esse espírito que a banda vem ao Brasil, na primeira vez de Joel no Rock In Rio.

“Eu estou morrendo de medo”, brinca. “Nem caiu a ficha ainda. Todo vídeo que eu vejo do festival, é uma loucura. O público brasileiro é muito apaixonado e enérgico. Dá para se alimentar dessa energia. Eles nos levam a outro nível”.

Ele imagina que esse será um dos pontos altos da carreira. Mas, de novo, é muito agradecido por todos os momentos, os quais ele chama de “inesquecíveis”. “É difícil escolher um momento. É como você chegar no final do dia e escolher os melhores cinco minutos desse dia. Eu sou muito grato por fazer parte dessa banda. No fim, só quero tocar o melhor que eu puder”.