A data do lançamento do tão aguardado décimo sétimo álbum de estúdio do Iron Maiden se aproxima. Senjutsu chega ao público nesta sexta, 03 de setembro, e a equipe do Wikimetal teve o privilégio de escutar o disco na íntegra com antecedência.
O álbum foi tema do quadro The Wikimetal Happy Hour desta quarta-feira, 01, com a presença de Nando Machado e Daniel Dystyler, co-fundadores do site, e o convidado especial Bruno Sutter, que também chegou às plataformas digitais como o episódio #330 do podcast Wikimetal.
Senjutsu foi eleito como o melhor lançamento da Donzela de Ferro nos últimos 30 anos na resenha do site – apesar da qualidade inegável de Brave New World (2000) -, mas os fãs mais céticos encontrarão contrapontos interessantes na conversa, com lados positivos e negativos de cada faixa.
Sutter confessa que assumiu o papel de “cara chato” durante o papo, observando principalmente aspectos técnicos e da produção musical do álbum a partir da própria experiência como músico e também admirador do Maiden há décadas.
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“Justamente por ser tão fã e amar tanto os discos, eu já vejo com uma cabeça diferente, vejo com uma cabeça de produção. Como eu trabalho fazendo música e convivi com um grupo de pessoas durante 20 anos, entendo perfeitamente e consigo visualizar como deve ter sido e como é, hoje em dia, a relação entre eles”, explicou o músico e comediante.
Na visão de Sutter, em muitas faixas o conceito de “menos é mais” deveria ter sido aplicado com o rigor de Martin Birch, lendário produtor responsável por todos álbuns da banda Killers (1981) a Fear of the Dark (1992), cuja insistência em conseguir o melhor take possível já enfureceu Bruce Dickinson durante as gravações de The Number of the Beast.
“Para mim, o grande calcanhar de Aquiles desse disco é a falta de um produtor. Kevin Shirley assina produção dos discos, mas só aperta o botão de gravar, a grande verdade é essa. Quando você já tem uma banda consolidada, 50 anos de banda convivendo com as pessoas durante muito tempo, fazer um disco icônico dá muita treta porque são muitas ideias”, explicou. “Para juntar tudo em um disco de 40 minutos, na época do vinil, tem que tesourar muita coisa e dá muita briga. No caso, o produtor é o cara que coordena isso tudo (…) e acredito que, depois de tantos anos, eles devem estar tipo ‘Tive essa ideia aqui!’, ‘Ah, então vai’”.
Apesar de concordar com a qualidade impecável da voz de Dickinson no álbum, além do ótimo storytelling, Sutter citou dois pontos que considerou os principais pontos fracos: a “guitarrinha de videokê”, que são solos que acompanham a melodia da linha de voz no refrão, e o “tecladista de um dedo só”, com entradas de teclado sem harmonias, ambas características notadas no single “Stratego”.
Para acompanhar o papo na íntegra, assista abaixo.
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