O espólio do falecido ex-baterista do Slipknot, Joey Jordison, moveu ação judicial contra a banda por alegar tentativa de lucrar sobre a morte do ex-membro e manter a posse indevida dos seus itens pessoais.

Separados desde o ano de 2013, Jordison faleceu no ano de 2021, aos 46 anos. A desavença entre os membros iniciou ainda em meio às tratativas da saída do baterista, quando Joey pediu, em 2015, aos antigos colegas de banda para, além de comprarem sua fração na propriedade do Slipknot Partnership, que também pudessem devolver todos os itens pessoais que estivessem em sua posse, incluindo instrumentos musicais e equipamentos.

De acordo com o Blabbermouth, o processo judicial iniciou em meados de junho de 2023, onde os representantes de Jordison alegaram que a banda de nu metal tentou lucrar em cima do nome e repercussão do ex-baterista, principalmente para divulgar o seu último álbum, The End, So Far (2022). Além disso, alegam que pelo menos 22 itens do ex-membro jamais foram devolvidos em meio a uma tentativa de se promover nos mostruários de itens pessoais dos integrantes da banda, como roupas e instrumentos, nos famosos museus de exposição no Knotfest.

A defesa técnica dos procedimentos de sucessão patrimonial de Joey Jordison ficou por conta da Steamroller LLC, situada em Portland, Oregon, dando continuidade à briga judicial no dia 17 de setembro perante a Los Angeles County Superior Court. No mesmo dia, houve um pedido de arquivamento do caso por uma proposta de acordo, sem divulgação do conteúdo (via Blabbermouth), colocando um ponto final à briga.

Joey Jordison fez parte do Slipknot desde o ano de 1995 até o final de 2013, permanecendo por trás da produção e linhas de bateria por quase 20 anos. Após especulações dos fãs, no início de 2014, o baterista se pronunciou através de sua rede social, afirmando que havia sido demitido: “essa banda tem sido a minha vida por mais de 18 anos, eu jamais a abandonaria”. 

Joey Jordison e a briga com o Slipknot

A discussão judicial foi direcionada especialmente para Corey Taylor e Michael Shawn “Clown” Crahan, iniciando no mesmo ano da demissão do baterista. 

Com a devida menção no processo, no ano de 2013, o vocalista, juntamente com Crahan, firmou um acordo com Jordison que não chegou a ser cumprido, contendo uma lista de amplas categorias de itens que estavam em sua posse e que supostamente seriam devolvidos.

Relata a acusação do processo que a relação entre eles começou a se complicar já em 2010, quando Jordison começou a apresentar certo grau de debilidade em seu estado de saúde, onde mais tarde foi diagnosticado com mielite transversa aguda. A doença de Joey Jordison era de origem neurológica e chegou a progredir ao nível da perda do uso de sua perna esquerda. 

Em 2013, conforme alegam os representantes do ex-baterista no processo, a condição médica de Jordison avançou e, mesmo cientes de suas limitações, Crahan e Taylor o expulsaram de forma abrupta e insensível via e-mail. 

Após insistência da imprensa, Corey Taylor, em 2014, se manifestou afirmando que não poderia entrar em mais detalhes por questões legais, mas que a separação se deu porque Jordison e a banda “seguiam caminhos diferentes”.

Dois anos depois, Joey fundou a super-banda de death metal Sinsaenum, onde chegou a completar uma turnê internacional ao lado de Attila Csihar (vocal), Sean Zitarsky (teclados), Frédéric Leclercq (baixo), Stéphane Buriez (guitarra) e Heimoth (baixo), sendo este o último projeto da vida de Jordison antes de seu falecimento em 26 de julho de 2021.

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