Lucifer retorna com o seu aguardado quinto álbum de estúdio Lucifer V, que será lançado pela Nuclear Blast em 26 de janeiro. A banda vem adquirindo sucesso com suas músicas influenciadas pelo hard rock dos anos 70, doom e rock oculto.

O grupo se prepara para o próximo lançamento, e em uma entrevista exclusiva com o Wikimetal, a vocalista e líder da banda Johanna Sadonis falou sobre Lucifer V, bem como suas inspirações, significados e mais.

O novo álbum promete ser o melhor da carreira da banda, e a cantora fala sobre a melhora crescente nos álbuns: “Eu só acho que leva algum tempo para crescermos como banda e aprendermos a linguagem um do outro, a linguagem musical um do outro. E eu acho que com o tempo você fica melhor, sabe? Em trabalhar juntos como músicos e também individualmente, você fica mais experiente.”

“Morte, amor, perda e luto”, foram as coisas que inspiraram a composição de Lucifer V. Trazendo nove músicas, Sadonis explicou o significado de “A Coffin Has No Silver Lining”: “A música é sobre alguém que eu amo muito, que tem um problema com drogas e tenho muito medo de perder essa pessoa e foi por isso que escrevi a música para ela.”

Ela descreveu “At The Mortuary” como sendo sua faixa favorita porque nela “há todos os diferentes elementos do Lucifer”: “começa com algo muito pesado e dark doom e então é muito sombrio, mas ao mesmo tempo se torna muito inspirador também. Então são todos os sentimentos que você sente na vida, a tristeza, a alegria e a esperança, mas também a tristeza. Está tudo aí.” 

“Slow Dance In a Crypt” ganhou um videoclipe conceitual que é a segunda parte da história que tem início em “At The Mortuary”: “Eu pensei que queria expressar quando você perde alguém que você ama muito e você meio que quer que ele volte. É claro, você sabe que ele nunca mais voltará. Mas nesta música eu sonho com isso.”

“Riding Reaper” também é um grande destaque desse novo álbum. A música foi escrita com o guitarrista Linus Björklund e a vocalista explica que leu “muitas letras sobre a morte e nesta eu estava imaginando a morte como o clássico, o Reaper que está montado em um cavalo cavalgando pela noite e ceifando almas. Portanto, é uma imagem clássica da morte.”

Fora as músicas, algo que chama muito a atenção em Lucifer V é a capa do disco que traz a Johanna Sadonis dentro de um caixão. Ela explicou que, de início, não sabiam o que fazer, mas então, pensou em colocar todos os integrantes da banda alinhados em caixões. Quando o baterista Nicke Andersson sugeriu que fosse apenas a vocalista na arte, “eu disse, ‘oh Deus, não, eu de novo não. Eu já estive na última capa.’ O que os outros da banda dirão? Nós somos como uma banda. Deveria ser todo mundo.”

Porém, a foto com todos os integrantes estará na versão gatefold do vinil.

A escolha de cenografia da capa fez todo o sentido com a proposta da banda: “Acho que já era hora de fazer a foto do caixão porque, quer dizer, Lucifer, tem tantas músicas sobre a morte, era tão simbólico, muito bem simbolicamente encaixado.”

Ao falar sobre a evolução musical do Lucifer, ela acha que “meio que todos os ingredientes são os mesmos” e reforça que este novo álbum traz “todas as faces” da banda “talvez um pouco mais visíveis”.

Em 2022, o grupo veio ao Brasil pela primeira vez, e Sadonis planeja trazer a banda de volta ao país: “Estamos falando sobre isso agora. Espero que seja em 24. Com certeza voltaremos.”

Com relação às expectativas com o lançamento de Lucifer V, ela espera “que as pessoas sintam o que eu sinto quando ouço música como fã de música.” Ela conta: “Quer dizer, sou musicista, mas ao mesmo tempo também sou como todo mundo, ouvinte e fã de bandas. E quando eu ouço música, o que eu gosto é que a música pode se tornar a sua casa, sabe? Você pode encontrar conforto nisso, ou pode te ajudar, ou pode te dar energia ou tipo, todos esses sentimentos diferentes. E espero que possamos fazer o mesmo com Lucifer quando as pessoas nos ouvirem.”

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