O Carnifex está prestes a vir ao Brasil para duas apresentações: 02/12 em São Paulo (Fabrique Club) e dia 03/12 em Piracicaba (Clube Caterpillar).

A turnê latino-americana marcará a primeira passagem da banda pelo Brasil, Chile e Argentina. Porém, o grupo já se apresentou, em 2019, nas edições colombiana e costarriquenha do Knotfest.

O grupo vem para divulgar o recente álbum Necromanteum, lançado em outubro deste ano. Os ingressos para o show de São Paulo já estão disponíveis no site do Clube do Ingresso. Os ingressos do show de Piracicaba estão disponíveis no site da Byma.

Em preparação aos shows, o baixista Fred Calderon conversou com o Wikimetal sobre a vinda ao país, o novo som e mais. Confira a entrevista na íntegra logo abaixo.

Wikimetal: Como você descreveria a evolução musical do Carnifex ao longo dos anos?

Fred Calderon: No início, o som do deathcore do Carnifex era influenciado pelo metalcore e pelo death metal. À medida que compartilhamos cada vez mais influências, começamos a adicionar melodias de black metal porque as melodias do núcleo do metal soavam muito alegres para o nosso gosto. Continuamos explorando os gêneros death metal e black metal, bem como outros gêneros de metal em busca de inspiração.

WM: Quais são as principais influências musicais que moldaram o som da banda?

FC: Metal em geral [risos]. Metalcore, death metal e black metal, mas também somos influenciados por muitas coisas individualmente.

WM: A música do Carnifex é frequentemente associada ao deathcore. Como você vê o papel da banda na definição desse gênero? E como você se sente em relação ao rótulo “deathcore”?

FC: A banda originalmente queria apenas ser mais pesada que o metal. Eles foram influenciados pelo death metal e fundiram os dois. O apelido não nos incomoda em nada.

WM: Qual é o processo típico de composição da banda? De onde vêm as inspirações para as letras e músicas?

FC: Scott [Lewis, vocalista] surge com ideias para letras antes de algumas músicas serem escritas e depois de ouvir ideias para músicas ou músicas já desenvolvidas. Nós enviamos músicas para consideração um do outro, Scott e Shawn [Cameron, teclado e bateria] trabalham nas estruturas e arranjos das músicas e todos nós damos nossa opinião pessoal sobre riffs, seções ou arranjos depois.

WM: Fale sobre o último álbum, Necromanteum (2023). Quais são os temas centrais e a mensagem que você deseja transmitir com isso?

FC: Scott teve a ideia do conceito do álbum do Psycomanteum. Uma sala com espelhos usada para conversar com os mortos. E se pudéssemos usar esse canal para falar com a própria morte?

WM: Há algum projeto ou colaboração futura que você possa compartilhar com os fãs? Algum novo álbum, turnê ou projeto em mente?

FC: Já estamos discutindo o que queremos fazer na nossa próxima apresentação musical e temos planos de voltar à Europa.

WM: Você está vindo ao Brasil pela primeira vez. O que você espera do show?

FC: Apenas um caos total. O fervor lá embaixo é conhecido, então a barra está bem alta.

WM: Você já teve contato com os fãs brasileiros? se sim, como foi?

FC: Conhecemos fãs brasileiros que voam para shows em outros territórios. Eu sei que conheci alguns em Nova York, Texas, San Diego e na Holanda.

WM: Para bandas emergentes que estão começando no cenário da música pesada, que conselho você daria com base na sua experiência?

FC: É difícil. Eu só queria tocar tanta música quanto estivesse ouvindo e encontrar pessoas para fazer parte de uma banda. Cada banda que terminava eu procurava outro grupo e fazia testes para eles, então não desanime e mantenha a chama acesa.

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