Após explorar sonoridades no álbum Renaissance, Beyoncé, em menos de dois anos, se reinventou novamente ao lançar seu mais novo projeto: Act II: Cowboy Carter. Ainda que seja uma continuação do antecessor, o novo disco explora uma fusão de country com elementos do R&B e do folk. A segunda faixa do novo álbum de Beyoncé, no entanto, chama a atenção por ser um cover de “Blackbird”, sucesso absoluto dos Beatles.

Segundo a revista Variety, além de receber a benção de Paul McCartney para realizar sua versão, a cantora ainda usou elementos originais retirados da gravação da banda britânica, de 1968, como o violão e as batidas de pé do ex-beatle. Em sua interpretação, Beyoncé também incorporou as vozes das cantoras Tanner Adell, Tiera Kennedy, Reyna Roberts e Brittney Spencer.

O cover da música foi renomeado para “Blackbiird” – fazendo alusão à ideia de que o álbum representa o segundo ato de uma trilogia. Essa é apenas uma das muitas faixas que apresentam alterações ortográficas para fazer referência à sequência de Renaissance.

A canção, de acordo com o próprio Paul, foi originalmente inspirada no movimento pelos direitos civis, que explodiu nos Estados Unidos na época da composição — além de também ser influenciada pela luta pelas mulheres negras.

Paul McCartney elogia Beyoncé por versão de “Blackbird”

Em uma postagem no Instagram feita na última quinta-feira, 04, Paul disse que a versão de Beyoncé para a canção é fabulosa e incentivou seus seguidores a escutá-la.

“Estou tão feliz com a versão da Beyoncé da minha música ‘Blackbird’. Acho que ela fez uma versão fabulosa dela, e que reforça a mensagem dos direitos civis que me inspirou a escrever a música. Insisto para que quem ainda não a tenha ouvido, que faça isso. Vocês vão adorar”, escreveu o cantor.

Ele contou que conversou com a cantora por FaceTime e ela o agradeceu por deixá-la utilizar a canção. Paul acrescentou: “Eu disse a ela que o prazer era todo meu e que achei que ela fez uma versão matadora da música. Quando vi as imagens na televisão, no início dos anos 60, das meninas negras sendo expulsas da escola, achei chocante e não posso acreditar que ainda hoje em dia existam lugares onde esse tipo de coisa esteja acontecendo. Qualquer coisa que minha música e a versão fabulosa de Beyoncé possam fazer para aliviar a tensão racial seria ótimo e me deixaria muito orgulhoso”.

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