Rush anunciou oficialmente nesta segunda-feira, 6, uma turnê de reunião em 2026. Além dos membros fundadores Geddy Lee e Alex Lifeson, a banda anunciou também a nova baterista Anika Nilles.
A turnê comemora o 50º aniversário da banda e será dedicada à memória do falecido baterista Neil Peart. O primeiro acontecerá no dia 7 de junho no Kia Forum, em Los Angeles, e passará pelo México, Texas, Illinois, Nova York, Ontário e Ohio.
A novidade pegou à todos de surpresa, e muitos se questionam quem é a baterista escolhida para a difícil missão de substituir Neil Peart. Em nota oficial no site do Rush, Geddy Lee comentou:
“A maior questão, a questão óbvia, é: como substituir alguém que é insubstituível? E eu ouvi de Skully [John McIntosh], meu técnico de baixo, que estava em turnê com Jeff Beck, ele estava trabalhando com uma dedilhar chamada Anika Nilles, então, ele mencionou o quão impressionante ela era, o quão talentosa, musical e poderosa ela era. Acho que [Alex] e eu tocando com ela começamos a nos energizar quando ouvimos nossas músicas voltando à vida. E foi somente depois que tivemos aquelas sessões de ensaio bem-sucedidas com ela que me fez sentir: sim, podemos fazer isso e podemos fazer justiça a isso e isso vai ser divertido”.
Anika Nilles, a baterista escolhida para substituir Neil Peart
Porém, Geddy Lee já mencionou Anike anos atrás, durante uma entrevista ao Guardian em novembro de 2023, quando falou sobre viver “em uma época rica em grandes bateristas”. Então, Lee citou Danny Carey, do Tool, e Chad Smith, do Red Hot Chili Peppers, além de mencionar uma baterista bem menos conhecida: “Ouvi uma baterista, outro dia, acho que o nome dela é Anika [Nilles]. Ela tocou na última turnê do Jeff Beck e eu a achei incrível.”
Lee também contou que, após a morte do baterista Neil Peart, a banda recebeu inúmeras mensagens desagradáveis de bateristas querendo substituí-lo, e falou que precisava de tempo. Por fim, após cinco anos e uma ajuda de Paul MacCartney, Rush decidiu voltar para uma turnê de reunião.
Durante um evento para a imprensa no último domingo, 5, no Hall da Fama do Rock and Roll, Gleddy Lee contou mais sobre a escolha de Anika Nilles [via Ultimate Classic Rock]:
“Infelizmente, antes de Jeff falecer, ele estava em turnê com ele por alguns anos, e na última turnê, ele estava tocando com uma baterista chamada Anika Nilles, uma baterista incrível, e ele voltava para casa e elogiava ela: Que tocadora brilhante ela era, e uma ótima pessoa… Então, eu meio que pesquisei sobre ela, e ela está em todo lugar no YouTube. Ela é bastante conhecida em seu próprio mundo musical. E aí começamos a conversar sobre tocar novamente, então eu disse: dê uma olhada nela. Talvez seja uma maneira interessante começar. E então uma coisa levou à outra, e quando tomamos a decisão, queríamos ver se daria certo”.
Ele concluiu: “Não importa quem seja o baterista, cada um tem sua própria percepção de como é tocar uma música do Rush, e pode não combinar com a forma como tocamos Rush. Então, quem quer que escolhêssemos seria difícil, e haveria uma espécie de tradução. Então, trouxemos a Anika para o Canadá, muito secretamente, e fizemos isso. Não foi uma audição, porque naquele momento não tínhamos certeza se faríamos uma turnê. Foi tudo um experimento.”
Que é Anika Nilles?
Anika Nilles, de 42 anos, é uma baterista e compositora alemã de jazz/fusion/prog, nascida em Aschaffenburg, Alemanha, em 29 de maio de 1983. Por curiosidade, nasceu um ano após o lançamento de Signals, do nono álbum do Rush. Vindo de uma família de pai e tios bateristas, toca desde os 6 anos, mas se tornou profissional aos 26.
Ex-baterista de Jeff Beck, atualmente é professora no conservatório, bem como no Drumeo, além de contribuir para a revista DRUM! oferecendo dicas sobre o instrumento. Segundo as revistas Modern Drummer Magazine, DRUM! Magazine e a Music Radar, Anika Nilles foi nomeado uma estrela em ascensão [via Loudwire].
Anika Nilles lançou quatro álbuns solo, são eles: Pikalar (2017), For a Colorful Soul (2020), Opuntia (2022) e False Truth (2025).
Ainda no Hall da Fama do Rock and Roll, Lee declarou que está muito feliz: “Ela é fantástica para tocar, já tivemos algumas sessões com ela e vamos viajar com ela. Acho que ela tem uma história notável. E, sabe, ela é muito mais jovem do que nós. Sei que é difícil de acreditar, e gosto disso, que ela tenha chegado ao Rush sem nenhum preconceito. Isso também tornou tudo muito difícil, porque tivemos que explicar nuances e trabalhar sutilezas, e ela teve que realmente tentar entrar na mente e no feeling do Neil. Sabe, você consegue tocar uma sequência de bateria. Muitos bateristas conseguem tocar as sequências de bateria do Neil, mas combinar isso com a sensação dessas músicas para que elas soem do jeito que vocês querem ouvir… Isso dá trabalho, exige trabalho. Então ela está vencendo.”
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