A escrita do novo álbum foi debatida por Mustaine em entrevista

Dave Mustaine, do Megadeth, confirmou a escrita do álbum sucessor de Dystopia de 2016. Perguntado sobre a direção musical que o novo disco vai tomar, Mustaine respondeu não saber ao certo. “Se você quer que eu diga como o álbum vai soar, soa como uma combinação de tudo. É a música que eu tenho escrito.”

“Sempre que eu escrevo um riff, se eu não gosto, eu não gravo”, explicou. “Se eu gravo, eu guardo. Se eu não usar agora, eu vou usar em algum momento. Então muita coisa no disco… Tem uma música finalizada que sobrou do Dystopia que eu tinha esquecido.”

“Quando você está no estúdio escrevendo 16 músicas e ralando todos os dias, algumas coisas escapam”, disse. “Kiko [Loureiro, guitarrista] já participou da escrita. Dirk [Verbeuren, baterista] antes dele. David Ellefson [baixo] nos visitará em breve para tocar baixo.”

Mustaine também respondeu se o clima político influenciou nas letras do disco. “Eu acho que agora o estado das relações no mundo está horrível – totalmente horrível. As pessoas são más umas com as outras. Você fala sobre em quem você votou e está no meio de pessoas que não gostam do seu candidato. Mas eles são seus amigos. Eles vão me atacar por causa de quem eu votei?”

“Os EUA são uma república, não uma democracia. É governada como uma democracia. Mas numa democracia… no meu entendimento só tem um líder; nós temos três braços no governo”, continuou. “Eu não quero dar aula de história ou de ciência política, mas eu vejo tantas diferenças entre nosso governo… e mesmo o governo dos nossos vizinhos maravilhosos, os vizinhos canadenses. Tem uma diferença. Isso nos faz ambos únicos e belos como individuais.

Mas se eu estou cantando uma música dizendo ‘ah, sim, nós temos esse e esse problemas’. Você está sentado em Catmandu [capital do Nepal] e diz ‘eu não sei o que é ter um carro. Então e daí se você tem problemas com carro?’ Algumas crianças nos veem tocando na India, e eu as amo. Eu sei quanto sacrifício elas fizeram para nos assistir.”

Mustaine adicionou: “Nós tocamos no Brasil e um promoter era um cara ruim e cobrava 275 dólares pelo ingresso. Eu descobri e fiquei bravo. Demitimos o cara e nunca mais trabalhamos com ele. O custo de vida lá, eram três meses de trabalho para pagar aqueles ingressos.”

“Então eu diminui o tom político para que estejamos todos na mesma situação. Falar de coisa que nos afeta como pessoas, não tanto como cidadãos de qualquer governo ou nação. Porque colocar um muro desnecessário entre nós, certo?”

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