Por volta das 13h40, as portas do Mister Rock se abriram para receber o público da Virada Metal 2025. Apesar do frio que estava em Belo Horizonte, o clima interno era convidativo — quem quisesse um refresco podia se aventurar no ambiente externo, onde o sol não disfarçava a temperatura baixa. O público, ainda pequeno no início, aguardava ansioso pelas primeiras bandas, e o que viria a seguir seria uma maratona de metal extremo inesquecível.

Abrindo o evento, o Sentence subiu ao palco com pontualidade e energia contagiante. O speed/thrash metal da banda mineira impressionou não só pela técnica afiada, mas também pela juventude de seus integrantes — garotos que já carregam a essência do thrash clássico com uma pegada moderna.

Em seguida, o Excoria, também de Belo Horizonte, elevou a temperatura com seu heavy metal pesado, conquistando o público presente. O Sages of Darkness assumiu o palco depois, entregando um death metal melódico bem executado, preparando o terreno para o que estava por vir.

Por volta das 16h30, foi a vez do Drowned entrar em cena. A lendária banda mineira, com mais de 25 anos de estrada, arrasou o Mister Rock com um death metal brutal e técnico. Fernando Lima (vocal), Marcos Amorim (guitarra), Beto Loureiro (bateria) e Rodrigo Nunes (baixo) mostraram por que são referência no cenário, levando o público ao delírio.

O próximo ataque veio com os “açougueiros” do Flesh Grinder, banda catarinense de splatter, que trouxe um som sujo, pesado e cheio de atitude. O Dark Tower, do Rio de Janeiro, continuou a onda com seu black/death metal preciso, mantendo a energia no alto.

O Miasthenia, uma das bandas mais aguardadas da noite, veio de Brasília para entregar um black metal atmosférico e melódico, cativando os fãs que cantaram junto em vários momentos.

E então, o momento mais aguardado: Torture Squad. Os veteranos paulistas destruíram o palco com uma apresentação impecável. Amilcar Christófaro (bateria) foi uma máquina brutal, Castor (baixo e backing vocals) mostrou técnica e presença de palco avassaladoras, Mayara Puertas (vocal) dominou o público com sua voz potente e interação, e Rene Simionato (guitarra) arrancou riffs e solos descomunais.

O The Damnation, trio paulista de thrash metal extremo, provou que o metal pesado também tem voz feminina — e que voz! Renata Petrelli (vocal/guitarra), Fernanda Lessá (baixo/vocais) e Camila Almeida (bateria) trouxeram um set brutal e técnico, mostrando que o extremo não tem gênero.

A noite seguiu com Ancestral Malediction de São Paulo e Necroterio do Paraná, que levaram o death metal a um nível visceral, deixando o público em frenesi. Já após a meia-noite, o Tumor de Belo Horizonte mostrou que o grindcore mineiro não tem dó — foi pura destruição sonora.

Para fechar com chave de ouro, o Sardonic Force subiu ao palco com seu death/thrash metal pesado e encerrou a noite com o público ainda clamando por mais.

A Virada Metal 2025 provou mais uma vez que a cena underground brasileira está viva, pulsante e necessária. Bandas de diferentes estados trouxeram identidade, técnica e paixão pelo metal extremo, mostrando que o Brasil tem bandas tão boas — ou melhores — que muitas do exterior.

Viva o metal nacional! Que venham mais noites como essa.

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Desde a infância, sempre fui um grande amante da música. Aos 13 anos, tive meu primeiro contato com o Rock! Desde então, não importa onde moro — seja no interior ou na capital —, sempre me envolvi ativamente com a cena musical. Estou presente em shows e festivais sempre que possível, em uma busca constante por novas experiências sonoras que ampliem meu repertório e minha paixão pela música.