Unlucky Morpheus, geralmente abreviado para Ankimo, é uma banda de power metal e neoclássico japonesa formada em 2008. Se você é fã da vertente, é bom manter o olho neles!

O grupo conta com os vocalistas Fuki e Kasumi, os guitarristas Jinya e Shiren – que também performa os guturais –, baixista Ogawa Hiroyuki, baterista Fumiya Morishita e a violinista Jill. Todos os instrumentistas são máquinas de precisão e técnica que tiram o fôlego a qualquer pessoa que os escute, tanto em estúdio como ao vivo.

Ankimo nasceu como um projeto de doujin music (a palavra japonesa, na indústria do entretenimento, se refere a obras publicadas por pessoas que compartilham de interesses comuns). No começo, o grupo era focado em rearranjos do universo Touhou Project (série de jogos), mas rapidamente evoluiu para uma banda autoral de alto nível. Desde então, lançaram álbuns com composições próprias que impressionam pela técnica e sonoridade absurda.

O que torna a banda única, para além do contraste dos vocais limpos de Fuki e os guturais de Shiren é o foco no violino de Jill. Esse toque especial torna as músicas todas mais épicas e emocionantes. Antes de entrar para a cena do metal, a violinista, com formação clássica, se apresentava em orquestras.

Um pouco sobre a discografia e som da banda

O Ankimo começou como um grupo de rearranjos da franquia Touhou, mas em 2014 lançou affected, o primeiro álbum completamente autoral. Em 2017, a banda lançou o seu primeiro videoclipe de “Black Pentagram” para promover o EP com o mesmo nome lançado em dezembro de 2016. Atualmente a música possui 3,9 milhões de visualizações no Youtube, sendo a mais escutada até o momento.

O álbum de estúdio com mais sucesso da banda é o Unfinished (2022), que chegou na 15ª posição nas tabelas do Oricon. Esse disco conta com a faixa “Top of the ‘M'” que tem 1,5 milhões de plays no Spotify. No entanto, a faixa mais importante do disco e diria também da banda num todo é a “Carry on singing to the sky” que é um tributo a Andre Matos.

A faixa começa com um trecho de “Unfinished Allegro”, do Angra, e a letra da mesma fala sobre a grande perda que o metal teve, mostrando grande respeito e admiração pelo maestro. A música possui referências também a “Carry On”, do Angra, tanto no título como na letra.

Apesar de Unfinished ser o álbum de estúdio mais bem sucedido, o grupo tem outro álbum que atingiu a impressionante 11ª posição nas tabelas do Oricon, sendo ele o EVOLUTION & DIVERSITY LIVE 2022 at Zepp DiverCity Blu-ray, lançado em 2023.

Unlucky Morpheus não é apenas uma outra banda qualquer de power metal, eles são inovadores. Em 2018, lançaram o(s) single(s) “CADAVER/REVADAC” que, apesar de serem músicas distintas, têm uma característica única: partilham a mesma partitura! No YouTube as músicas estão juntas em um vídeo só e, de acordo com a descrição, “têm um truque que ninguém fez antes”: a partitura para “REVADAC” é literalmente o inverso da “CADAVER”. As faixas partilham da mesma escrita, mas uma é lida ao contrário, daí o nome do single.

Recentemente a banda fez a sua estreia no mundo dos animes, com o single “Sekai Rinne”. A faixa foi o tema de abertura para a série “Why Does Nobody Remember Me in This World?”. Mesmo que o anime não tenha feito sucesso no ocidente, é um grande avanço para a exposição do Ankimo.

Metal sem fronteiras

Unlucky Morpheus é a prova de que o metal de alto nível não conhece barreiras geográficas. Com um som técnico, poderoso e acessível tanto para fãs de power e neoclássico, a banda vem crescendo no cenário internacional e já é cultuada por músicos e entusiastas mundo afora.

Se você curte bandas como Kamelot, Angra, Rhapsody ou Stratovarius, prepare-se: Unlucky Morpheus pode ser sua próxima obsessão.

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Amante de metal, especialmente power metal e metal japonês. Apaixonado pela cultura japonesa, almeja estudar a língua e cultura do país, para além de querer divulgar a sua música. Tem como bandas de preferência Iron Maiden, Stratovarius, Versailles, Rhapsody of Fire e Deviloof - [email protected]