No final de outubro, o Five Finger Death Punch lançou o álbum BEST OF: VOLUME 2. A coletânea soma-se ao primeiro volume que, juntos, contém regravações de alguns dos principais sucessos ao longo dos 20 anos da banda.
A decisão de regravar algumas de suas principais faixas veio após o Five Finger Death Punch ter seus masters originais vendidos sem o seu consentimento. Essa prática – que é bastante comum na indústria musical, porém mantida debaixo dos panos – virou conhecimento geral quando o mesmo aconteceu com a cantora pop Taylor Swift, em 2020.
Na época, Swift trouxe a público seu descontentamento e adotou uma estratégia de regravar seus álbuns vendidos como uma maneira de recuperar a autonomia de seu trabalho e impactar os números de vendas e reproduções de streaming no material vendido.
Em entrevista ao Wikimetal, o guitarrista e membro fundador do Five Finger Death Punch, Zoltan, confirmou que o exemplo de Taylor Swift inspirou a banda a agir de modo parecido quando o mesmo aconteceu com eles.
“Para quem vive na indústria musical há 20 anos, como nós, é de conhecimento geral que essas coisas acontecem”, comenta o músico. “Não é nada criminoso porque são contratos, mas você meio que é forçado a essas situações e não tem o direito de opinar. A diferença é que, embora tenha acontecido no passado com muitos artistas, a maioria deles simplesmente não fez nada a respeito e aceitou seu destino. Mas quando aconteceu com a Taylor, ela reagiu de forma diferente. Ela disse: ‘Sabe de uma coisa? Não, eu não concordo com isso’.”
Ainda de acordo com o guitarrista, um dos principais fatores que ajudaram a cantora pop em sua estratégia foi uma base de fãs leais que entendeu o movimento e parou de ouvir as versões antigas para ouvir as versões novas. Esse movimento revolucionário foi o que inspirou o Five Finger Death Punch a tentar uma abordagem semelhante.
“Isso trouxe esperança, eu acho, e uma visão, e uma espécie de exemplo para o resto da indústria”, comenta. “Agora isso acontece diariamente com os artistas, e quando aconteceu conosco, estávamos cientes do que ela fez. E o pensamento foi meio que, ‘Bem, você sabe o que temos em comum com a Taylor de certa forma? Somos artistas muito diferentes, mas temos uma base de fãs incrivelmente leal, assim como ela.’ Então, por mais distantes que estejamos musicalmente e em termos de gênero, temos esse elemento em comum: nossos fãs são incrivelmente leais. Eles são como uma família.”
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