Steven Tyler, frontman do Aerosmith, negou todas as acusações feitas contra ele em um caso de abuso sexual de menor.

As acusações surgiram em dezembro quando Julia Misley, conhecida como Julia Holcomb na época, acusou o vocalista de abuso sexual durante um relacionamento que tiveram nos anos 70 quando ela tinha 16 anos.

Na documentação da acusação, ela disse que teve um relacionamento com ele durante três anos e que o frontman convenceu a mãe da garota de transferir a guarda para ele, para que assim ela pudesse sair em turnê com ele.

A acusação traz trechos da autobiografia de Steven Tyler em que ele fala que “quase ficou noivo de uma adolescente” e como os pais “assinaram um papel para me transferir a guarda para que eu não fosse preso quando levasse ela para fora do estado.”

O documento ainda consta que Tyler “persuadiu” Misley em acreditar que eles estavam em um relacionamento amoroso e detalha que ele a forçou a fazer um aborto em 1975 quando engravidou dele.

Agora, o frontman do Aerosmith respondeu ao caso alegando 24 defesas e negando todas as acusações. Sob a defesa de Shawn Holley, o músico disse que todas as reivindicações estão “barradas”, pois o reclamante deu “consentimento” e acrescentou que Tyler deveria receber imunidade, pois era “tutor” na época (via NME).

A defesa também afirmou que Misley “não sofreu nenhum ferimento ou dano como resultado de qualquer ação do réu” e que a conduta – presumivelmente referindo-se às suas memórias – é protegida pela primeira emenda.

Tyler também afirmou que o estatuto de limitações expirou nas alegações. No entanto, o processo foi aberto durante a Lei de Vítimas Infantis da Califórnia: uma legislação de 2019 que permitia que vítimas de agressão sexual na infância se apresentassem independentemente do estatuto de limitações.

Após a resposta de Tyler às acusações, o advogado de Misley, Jeff Anderson, emitiu uma declaração que acusou o músico de manipular Misley: “Ele está infligindo mais dor em Misley e a manipulando ao alegar falsamente que ela ‘consentiu’ e que a dor que ele infligiu foi “justificada e de boa fé”, disse ele.

“Nunca encontramos uma defesa legal tão desagradável e potencialmente perigosa quanto a que Tyler e seus advogados lançaram esta semana: a alegação de que a tutela legal é consentimento e permissão para abuso sexual”.

Tyler ainda não comentou a declaração de Anderson até o momento.

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