O guitarrista Sergio Vega comentou os motivos para a saída do Deftones, anunciada em março deste ano, após 20 anos com a banda.

Em recente entrevista ao The Jasta Show (via Blabbermouth), o músico reconheceu a existência de abertura e receptividade na banda do ponto de vista criativo, mas nunca teve a oportunidade de se tornar um integrante efetivo do Deftones por causa da parte financeira, uma vez que isso significaria dividir os lucros em cinco partes ao invés de quatro.

“Mas para mim, mesmo na minha posição, com meus pedidos ou negociações nunca falaram sobre isso. Não que isso fosse possível. Estando na metade do catálogo da banda, você nunca verá dinheiro de coisas das quais você não faz parte”, observou. 

Apesar de tanto tempo com o Deftones, Sergio Vega trabalhava apenas com contratos. “Nunca foi nem sobre dinheiro, porque [os direito] de publicação estavam lá, tudo bem”, disse. “[Minha questão] é puramente sobre pertencer, apenas sobre querer [sentir] que você faz parte [da banda”.

O músico ainda pontuou que recebeu aumento no pagamento ao longo dos anos, mas a questão “não era sobre isso”. “Parte dessa dinâmica estranha que era ter um papel duplo no sentido de ser um escritor principal, arranjador e colaborador, mas também ser alguém que está sendo pago com um salário criou uma dissonância. E não sou para mim, mas no todo”, continuou. 

Segundo Veiga relatou, essa “dissonância” era traduzida em algumas cobranças na qual ele era colocado como um funcionário. “Era tipo, ‘Oh, você está fazendo [algum projeto], mas nós estamos pagando [para o Deftones]’. Recebi uma ligação em que me disseram: ‘Estamos perdendo muito dinheiro com espaço de armazenamento e você’ E eu fiquei tipo, ‘Esse é o problema: Sou comparado a um espaço de armazenamento. Eu sou um item de linha’. Não é sobre o dinheiro. É apenas a dinâmica”. 

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