O vocalista do Sepultura, Derrick Green, compartilhou detalhes sobre seu desenvolvimento artístico e, além disso, falou sobre o apoio familiar que recebeu ao longo da carreira em uma nova entrevista ao canal finlandês Chaoszine (via Blabbermouth). Ademais, o músico refletiu sobre álbuns que marcaram sua evolução vocal e revelou como produtores, especialmente Jens Bogren, foram cruciais para explorar novas possibilidades sonoras.

O impacto de Jens Bogren nas gravações do Sepultura

Segundo Green, cada álbum é uma oportunidade de aprendizado. Entretanto, ele destaca as gravações de Machine Messiah (2017) e Quadra (2020) como momentos-chave, principalmente por conta do trabalho com o produtor sueco Jens Bogren.

Jens praticamente se tornou um membro do Sepultura. Ele me incentivou a criar harmonias e linhas vocais diferentes e até gravar uma faixa em japonês, inclusive um coro em uma igreja, contou o vocalista.

Portanto, esses desafios simbolizam o verdadeiro papel do artista: se colocar à prova e explorar o inesperado. Por isso, essa busca constante é fundamental para o crescimento.

Apoio incondicional dos pais desde o começo

Quando questionado sobre o início de sua trajetória musical, Derrick contou que os pais sempre foram compreensivos, mesmo diante do estilo agressivo do som que produzia.

Meus pais permitiam que minha primeira banda ensaiasse no porão de casa, mesmo sem entender o que estávamos fazendo. Mas para a minha mãe que é professora de música, a expressão artística sempre foi algo importante, disse Derrick.

Assim, para ele, esse suporte foi fundamental para moldar sua identidade musical e abrir caminhos no hardcore com a banda Outface, antes de se juntar ao Sepultura.

Despedida do Sepultura e novos rumos

Atualmente, o Sepultura está em sua turnê de despedida, Celebrating Life Through Death, comemorando os 40 anos da banda com um repertório que abrange toda sua carreira. Durante essa jornada, a banda está gravando 40 músicas em 40 cidades diferentes para compor um álbum ao vivo especial.

Além disso, essa fase marca a estreia do baterista Greyson Nekrutman, que substituiu Eloy Casagrande, agora integrante do Slipknot. A saída de Eloy, anunciada às vésperas da turnê, pegou os integrantes de surpresa.

Apesar das mudanças e do encerramento das atividades, Derrick Green permanece focado no legado do Sepultura e, sobretudo, na importância de seguir evoluindo como artista — algo que ele vem fazendo desde o primeiro ensaio no porão dos seus pais até os palcos do mundo todo.

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Músico desde criança, tendo estudado piano, violão erudito e guitarra, tocou em bandas como o Final Disaster. Colaborou com sites e revistas de metal no Brasil e exterior como hobby. Formado em Direito, graduando em análise e desenvolvimento de sistemas e estudante de Contabilidade, sua paixão pelo rock e metal iniciou-se cedo, tendo as bandas Iron Maiden, Megadeth, Children Of Bodom, Angra, Mr. Big, Supertramp e Oasis como suas preferidas.