Em entrevista recente via Zoom para promover seu novo EP Zoom In, Ringo Starr comentou sua desaprovação ao documentário sobre os Beatles Let It Be, feito nos anos 1970. O filme foi dirigido por Michael Lindsay-Hogg e acompanhou momentos do Fab Four gravando seu 12º álbum, focando principalmente nos desentendimentos entre Paul McCartney e George Harrison.
A abordagem não agradou Starr. “Eu não senti nenhum tipo de alegria no documentário original. Ele é completamente focado em um único momento que aconteceu entre dois dos caras,” disse o ex-Beatle.
Starr não escondeu sua preferência pelo trabalho de Peter Jackson (Trilogia O Senhor dos Anéis), que dirigiu o novo documentário The Beatles: Get Back, que será lançado dia 27 de agosto pela Disney. O filme deve dar destaque total ao lendário último show dos Beatles, feito no telhado do London’s Savile Row. “[No documentário de 1970] o show feito no telhado foi mostrado em sete ou oito minutos. No [filme] do Peter ele tem 43 minutos. É sobre música e alegria,” continuou Starr.
O trabalho extenso de Peter Jackson direcionou o foco para mostrar com mais detalhes o processo de criação do álbum “Let It Be” e fazer a ele mais justiça. O diretor teve acesso a mais de 55 horas de imagens capturadas por Michael Lindsay-Hogg e 140 horas de áudio nunca ouvidas retiradas das sessões de gravação.
Dessa vez, Ringo Starr parece estar muito satisfeito. “Eu tive várias conversas com o Peter sobre como eu me senti. Eu achei que [o documentário original] foi miserável”, revelou. “Eu disse, ‘Nós demos muita risada. Eu estava lá, nós estávamos rindo, estávamos nos divertindo. Estávamos tocando e fazendo o que fazíamos’”, completou o músico. Segundo Starr, Jackson encontrou essas imagens de diversão e mostrou a ele. “Existiu muita alegria em fazer aqueles discos, aquelas faixas, então eu estou muito ansioso para ver tudo. Mesmo se você viu o curto trailer que saiu no ano passado, é muito divertido”, finalizou Starr.
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