Já dava pra saber que teríamos uma noite inesquecível com belas composições instrumentais”

Por Rogerio Souza

Qual o melhor guitarrista do mundo? Joe Satriani ou Joe Satriani? Essa discussão é eterna e polêmica, portanto vamos deixar isso pra outra ocasião.

A sensibilidade e velocidade do careca faz parecer que ele toca o instrumento como se estivesse passando manteiga Aviação no pãozinho que acabou de sair do forno da melhor padoca de Sampa e sua técnica e domínio das 6 cordas são mais ferozes que toda vida selvagem da África.

Joe Satriani trouxe pro Brasil a turnê do seu mais recente trabalho, o 15º álbum de estúdio, “Shockwave Supernova” e também acompanhado de uma excelente cozinha com Bryan Beller (baixo), Marco Minnemann (bateria) e Mike Keneally (teclados/guitarra), esse último fazendo frente ao mestre em alguns solos.

O show marcado às 21h00 começou com um pequeno atraso de um pouco mais de 15 minutos e teve duração de exatas 2 horas. A plateia era toda sentada, o que me causou uma certa dúvida, pois os outros concertos do Satriani, em que estive presente, foram todos no formato pista, porém passados alguns minutos já nem me lembrava mais disso e até que funcionou bem com todo o público respeitando os lugares marcados e não atrapalhando os espectadores das outras fileiras.

Abrindo o espetáculo com a faixa título Shockwave Supernova já dava pra saber que teríamos uma noite inesquecível com belas composições instrumentais. A acústica da casa estava perfeita e o pessoal da mesa de som deixou tudo muito mais agradável com a melhor regulagem possível.

Depois uma sequência de três músicas que dispensam comentários: Flying in a Blue Dream, Ice #9 e Crystal Planet. Essa sequência foi tão mortal que pareceu durar menos de um minuto e se ele repetisse as mesmas de novo ninguém iria reclamar ou perceber.

Seguimos com outras músicas até a tão aguardada Summer Song que deve ser uma das preferidas do público tamanho êxtase nos primeiros acordes. Uma composição feita na medida, muito alegre e vibrante tocada nota a nota e com a perfeição característica do melhor guitarrista do mundo, ou não?

Veja a galeria de fotos do show

Solo de bateria burocrático que mais serviu pra pegar uma bebida ou ir ao toalete, depois Crazy Joey e solo de teclado, que ninguém merece, pra seguirmos com Luminous Flesh Giants e depois a instrumental mais bela e que deve valer uma fortuna em termos de direitos autorais: Always with Me, Always with You, que teve seu ponto negativo, pois foi tocada pela metade, o que foi uma tristeza sem fim pra mim.

Joe animou o povo tocando diversos riffs mais que consagrados do Rock Mundial. Um medley com acordes de AC/DC, Deep Purple, Led Zeppelin, Jimi Hendrix, etc. e fechando parcialmente a seguir com Crowd Chant e Satch Boogie.

O bis foi com a galera toda de pé e invadindo a Área Premium sem nenhum segurança entre o palco e a multidão. Todos se comportaram bem até alguém ter a ideia de tentar subir no tablado em que estava o professor, mas rapidamente impedido pelos amigos que perceberam que aquilo seria o fim de todos ali colados na grade. Big Bad Moon e Surfing with the Alien foram os petardos que encerraram de forma brilhante esse emaranhado de notas tocadas casa a casa e que só o melhor guitarrista do mundo poderia nos proporcionar.

Setlist:

Intro
Shockwave Supernova
Flying in a Blue Dream
Ice #9
Crystal Planet
On
Peregrine Wings
Friends
If I Could Fly
Butterfly and Zebra
Cataclysmic
Summer
Song
Crazy Joey
Luminous Flesh Giants
Always with Me, Always with You
Rock Medley
Crowd Chant
Satch Boogie
Big Bad Moon
Surfing with the Alien

*Este texto foi elaborado por um Wikimate e não necessariamente representa as opiniões dos autores do site.

Categorias: Resenhas

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