Na última sexta-feira, 29 de agosto, o Tokio Marine Hall recebeu uma noite especial de shows como aquecimento para o I Wanna Be Tour. O espaço, conhecido por criar uma atmosfera de proximidade entre artistas e público numa casa de shows de tamanho razoável, foi palco de uma sequência de apresentações que mostraram o quanto o pop punk e o emo seguem vivos e pulsantes por aqui, mas acima disso – a importância dos shows a parte como complemento mais acessível de festivais de música no país.
A abertura ficou por conta do Neck Deep, que transformou a plateia — pequena, puramente pelo horário, mas extremamente animada — em um verdadeiro campo de energia desde os primeiros acordes. Teve mosh pit logo na primeira música, muito crowdsurfing, e até um momento marcante e já conhecido nos shows da banda durante “She’s a God”, quando se formou um raro e simbólico mosh feminino em um espaço majoritariamente masculino. O vocalista Ben Barlow interagiu bastante com a galera em um show cheio de falas e justificativas para a setlist, reforçando a sensação de intimidade com os fãs. “In Bloom” fechou o show da banda na sexta-feira em tom de completude e expectativa para a apresentação oficial da banda no dia seguinte, meio-dia, no Allianz Parque.
Na sequência, o Story of the Year mostrou porque é uma das bandas mais subestimadas do line-up, mesmo já tendo vindo ao Brasil 12 anos atrás. Com uma sonoridade densa e uma pegada mais pesada, trouxe um contraste essencial para a noite, provando que ainda tem fôlego e presença no palco. Foi o respiro “heavy” que elevou o clima antes da catarse que viria depois. “Tear me to Pieces”, “war”, e “Until the day I die” foram destaques no show de sexta-feira.
E então chegou a vez do Yellowcard, o nome mais aguardado da noite e o verdadeiro motivo da data existir no calendário. Com a combinação inconfundível de violino e guitarras — três guitarras, diga-se de passagem, algo difícil de competir — a banda fez o público lotar o Tokio Marine Hall e cantar em coro desde os primeiros hits. Quando “Only One” apareceu no set, a emoção tomou conta e consolidou o show como um dos pontos altos da edição do I Wanna Be Tour, tanto no side show quanto no festival em si. Com gestos e intros quase monumentais, que só deixaram os fãs (ainda mais) loucos, “Breathing”, “Believe” e “Keeper” foram alguns destaques do show, que contou com 14 músicas no setlist e mais 3 no encore, com “With you Around”, “Ocean Avenue” e “Better Days”.
Entre moshs, refrões nostálgicos e momentos de pura conexão, a sexta-feira foi um belíssimo esquenta para o grande evento do sábado, 30 de agosto, quando o I Wanna Be Tour finalmente encerrou sua segunda edição oficial no Brasil.
Confira as fotos de Marcela Lorenzetti:
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