O vocalista do Bring Me The Horizon, Oli Sykes, comentou em nova entrevista à Kerrang! sobre o período que passou em um retiro budista Hare Krishna no Brasil, em uma comunidade há alguns quilômetros fora de São Paulo.

O cantor revelou que, durante a pandemia, ele foi confrontado com “problemas antigos que retornaram” devido à falta de inatividade do BMTH e que o levaram a questionamentos internos como “Quem sou eu sem a banda ou quando não estou escrevendo música e fazendo projetos?”.

“Eu meio que percebi que existia muita coisa na qual eu não tinha trabalhado,” contou. “Quando fui para a reabilitação [por abuso de substâncias] oito anos atrás, eu saí de lá e senti que estava curado. Eu pensei, ‘Estou bem agora’ e foi quando fizemos o Sempiternal. Quando tudo parou [com a pandemia] eu percebi que estava tão ocupado e as coisas estavam indo tão bem que eu estava mais distraído que curado.”

“Eu não gostava muito de mim mesmo,” admitiu. “Não tenho muita confiança em mim mesmo. Eu tive muitos momentos em que não gostava quando as pessoas falavam meu nome. Ficava envergonhado. Eu mal conseguia falar com as pessoas – coisas como ir a uma loja, eu ficava envergonhado e assustado. Eu nunca queria me mostrar, só queria permanecer escondido o tempo todo.”

Sobre sua experiência com o Hare Krishna, Oli Sykes disse que, apesar de não ser um deles, participou intensamente da rotina do grupo durante seu tempo no retiro. “Eu levantava às cinco da manhã e entoava cantos com eles e rezava para todos os seus deuses e gurus. Nós ouvíamos seus gurus e as leituras do Bhagavad Gita. Aprendi muita coisa. Para eles, a pior coisa do mundo é a inveja e o ego e essas coisas. Basicamente, tudo é sobre estar contente com o que você tem.”

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