Confira mais um texto escrito por um de nossos WikiBrothers:
Que tal você pilhar alguns vinis e descobrir a arte desenvolvida em algumas capas?”
por Allan Lima
Nos dias atuais onde as tecnologias dominam a tudo e a todos, onde a máxima dos especialistas é “Nem tudo está conectado, porém todos estão conectados” e estes procuram saber onde isso torna-se um conforto ou um problema, volta e meia nos deparamos com momentos clássicos que nos remetem a épocas nostálgicas: ter – e ouvir – discos vinis é um deles.
Afinal, quem, fã de rock ou não, jovem ou velho, ao encontrar aquele grande quadrado de papelão com um “bolachão” preto dentro, se perguntou “o que é isso?” ou “minha nossa, eu tinha isso aqui guardado e nem lembrava” ou “de quem será isso, do meu tio, do meu pai?” e por aí vai. A descoberta desta peça fonográfica merece mesmo é uma celebração, pois em se falando de música, foi assim que ficaram registrados os grandes clássicos.
Muitos anos atrás tudo era gravado em vinil e com o surgimento das fitas, era assim que os registros eram divididos. A pirataria no meio do rock era incipiente, se restringia a poucos grupos que não tinham acesso ao próprio vinil, muito deles importados de outros países, e dependiam disso pra ter acesso aos trabalhos de seus ídolos; porém, na primeira oportunidade, se comprava o vinil e saia-se orgulhoso com ele debaixo do braço, doido pra chamar os amigos e ouvir, algo bastante corriqueiro principalmente em locais de difícil acesso à informação e à evolução tecnológica. Algo muito diferente dos downloads de hoje em dia.
Enfim, este orgulho, nostalgia ou um mix de ambos, retornou com grande força. Novos equipamentos foram lançados, e novos vinis, os LPs (Long Players) de grandes bandas também, inclusive versões em vinil de novos lançamentos, além do CD e MP3…ou seja, tornou-se uma opção a mais, apesar de a versão em vinil ser mais cara, e claramente direcionada aos colecionadores, tornando-se uma força nos sebos, na própria internet e atraindo novos fãs – confiram por exemplo o site Discos Vinil , recomendado aqui mesmo no Wikimetal. Há quem diga que ainda é a melhor forma de se guardar um trabalho fonográfico.
Precisamente, em Manaus, Amazonas, ocorre uma festa, espécie de “revival” que começou com a reunião de três amigos em um bar de um deles, tomou grandes proporções e hoje faz parte dos eventos culturais da cidade – é o Vinil Rock Live (pesquise com este nome no facebook):

Geralmente ocorrendo de 2 em 2 meses, tornou-se um ponto de encontro dos novos e velhos amantes da boa música. Os frequentadores trazem seus vinis, são catalogados por ordem de chegada, escolhendo-se as faixas de forma democrática e no mais é recordar a época da banda e toda a carga cultural e nostálgica que vem junto com a história do lançamento de determinado LP, ou simplesmente aprecia-se o chiado da agulha, curtindo uma música encorpada e rica, tal qual um bom vinho.


Então, meu caro WikiBrother, que tal você ir pilhar alguns vinis e descobrir a arte desenvolvida em algumas capas? O LP do Somewhere in Time do Iron Maiden, por exemplo, que fica bem mais legal de ver as “mensagens subliminares” na capa de vinil, e principalmente os grandes clássicos de rock e Heavy Metal de uma outra forma, mais orgânica e até mais coesa.
Reúna os amigos, tire a poeira dos vinis e dos equipamentos ou mesmo adquira um tocador de vinis novo, disponíveis no mercado e faça essa viagem ao passado, e celebre. Se for o caso, já agende uma data: dia 20 de abril, Dia Nacional do Vinil. Porque assim como o Rock e o Metal deve ser levado a sério, o mundo vai além do MP3.
*Este texto foi elaborado por um Wikimate e não necessariamente representa as opiniões dos autores do site.
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