O guitarrista do Extreme, Nuno Bettencourt, expressou sua confiança no futuro do rock em meio à crescente influência da inteligência artificial na música. Em entrevista ao Metal Journal da Espanha, o músico português argumentou que a IA, apesar de seus avanços, nunca será capaz de replicar a essência do rock and roll.
Bettencourt destacou que a história do rock demonstra uma resistência à mudança tecnológica. “Olhe para toda a tecnologia que chegou desde a década de 1930”, disse ele. “O que mudou na guitarra? Nada. Zero. O que mudou em uma bateria? Nada. O que mudou em um baixo? Nada.” Segundo o guitarrista, os elementos fundamentais do rock – guitarra, bateria, baixo e a voz humana – permanecem inalterados, independentemente dos avanços tecnológicos.
Veja a entrevista completa no link a seguir:
A imperfeição como marca registrada
Para Bettencourt, a essência do rock reside em sua imperfeição. “O rock é quebrado. Ele não é artificial. Não é perfeito”, afirmou. “É isso o que nos faz brilhar. É o perigo disso.” O guitarrista usou o Led Zeppelin como exemplo, destacando que a banda não soava igual todas as noites. Essa imprevisibilidade e a energia transmitida ao vivo são elementos que, segundo ele, a IA nunca poderá replicar.
Embora seja cético em relação à capacidade da IA de dominar o rock, o guitarrista reconhece que a nova tecnologia pode ter um impacto positivo no gênero. “Quanto mais esterilizada for a música pop – que sempre foi nos últimos 10, 20 anos – e muito mais Auto-Tune e tudo mais, maior será o rock and roll”, afirmou.
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