Texto escrito pelo WikiBrother Gabriel Brandino, do @moshinhell

A música “Bat Country” do Avenged Sevenfold se tornou um dos clássicos da banda, e hoje vamos explicar o que afinal ela quer dizer.

A obra é uma alusão clara ao livro Fear and Loathing in Las Vegas, de 1971, do escritor americano Hunter S. Thompson.

O livro conta a história do jornalista Raoul Duke (que é o alterego do próprio autor), que foi enviado para cobrir uma matéria de uma corrida de motos em Las Vegas junto de seu parceiro, Dr. Gonzo.

Eles acreditam que essa será a melhor viagem a trabalho, porém, com uma mala repleta de drogas e alucinógenos, a viagem começa tomar outro rumo.

O que era para ser uma das melhores viagens, se torna um caos com muita destruição e várias alucinações dos dois.

Anos mais tarde, a obra se tornou um clássico cult do cinema, interpretado por Johnny Depp e Benicio Del Toro. No Brasil o filme se chama Medo e Delírio.

O nome da música do A7x é uma referência a uma passagem do livro onde Raoul está completamente fora de si pelos alucinógenos, e vê diversos morcegos gigantes no céu.

Então quando eles passam por Las Vegas ele vira para Dr. Gonzo e diz, “Não podemos parar aqui. Este é o país dos morcegos.”

“Aquele que faz de si mesmo uma besta
Se livra da dor de ser um homem”

Essa primeira estrofe da música é uma citação do autor britânico do século XVII, Dr. Samuel Johnson, e também está presente no início do livro de Thompson.

“Eu tentei dirigir por toda a noite
O clima perseguido pelo calor, as áridas e vazias paisagens
Nenhum oásis aqui para ver, a areia está cantando palavras imortais para mim”

Aqui provavelmente ambos já estão viajando pelos desertos de Las Vegas com os efeitos das drogas.

“Pego aqui em uma chama ardente, não vou perder minha vontade de ficar
Esses olhos não verão o mesmo, depois que eu me transformar hoje”

Na última estrofe claramente uma referência ao uso dos alucinógenos.

“Às vezes não sei por que nós preferimos viver do que morrer
Nós olhamos em direção ao céu por respostas para nossas vidas” E aqui aparentemente é sobre um dos momentos de normalidade e sobriedade da dupla, onde eles começam a refletir sobre a vida.

“Eu sou muito estranho para viver, mas muito raro para morrer”

Essa é uma frase que está presente no livro, e que o autor sempre proferiu a si mesmo.

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