Aqui no Wikimetal já defendemos muito o Nickelback como uma banda importante para o rock atual. Já mostramos até que eles são uma banda de hard rock com músicas realmente pesadas. Até solo do Dimebag os caras já colocaram em suas músicas.

Aproveitando a vinda da banda ao Brasil, conversamos com o baixista Mike Kroeger sobre todo o criticismo que a banda recebe. Também falamos sobre as influências do metal em sua vida e carreira e descobrimos que ele é muito fã de Slipknot.

Confira:

– WM: Primeiro, temos que tirar esse assunto do caminho. Muita gente diz que o Nickelback é a pior banda da história. Por que você acha que as pessoas falam esse tipo de coisa ruim?

(risos) Eu não sei. Na verdade, eu não sei por que as pessoas dizem coisas más no geral, parece-me meio sem sentido. Acho que o problema que temos é que nós nos demos muito bem e muita gente nos respeita. Mas, não sei explicar exatamente.

– WM: Você acha que esse criticismo pode ser positivo para a banda?

Depende. Nem toda crítica é igual. Tem criticismo positivo e negativo. Se alguém quer nos falar como podemos ser melhores, eu adorarei escutar. Mas acho que nesse caso é só uma crítica feita de um jeito maldoso.

–  WM: Você acha que esse criticismo vem de pessoas que os julgam sem antes realmente escutar a banda?

Sim, o que eu notei é que muita gente fala que não gosta porque é igual a todas as coisas que se ouve nas rádios. Se você não gosta do que ouve nas rádios, então pare de ouvir rádio! (risos)

– WM: E, apesar desse criticismo, a Billboard nomeou vocês a Melhor Banda da Década, em 2009. Como você se sente sobre isso?

Eu acho que é legal ser reconhecido dessa forma, mas acho que, igual a opinião negativa, é só uma opinião. Não dá pra nos ligarmos a isso exatamente. É legal, mas não significa tanto.

–  WM: Eu estava lendo alguns comentários do YouTube no clipe de “Feed The Machine”. Um cara disse: “Eu não acredito que essa é a mesma banda que fez ‘Photograph’. Você acha que o Nickelback é uma banda mais de baladas ou de hard rock?

(risos) Nós somos os dois! Sempre fomos os dois. Se você ouve as músicas nas rádios, vai falar que é isso o que somos, que fazemos baladas. Se ouvir aos álbuns, terá músicas de hard rock e heavy metal em todos. Você precisa cavar mais e pesquisar mais para saber quem somos. Tocamos hard rock e músicas muito mais melódicas.

–  WM: Eu sei que você é um cara que curte metal, certo? O que você ouve?

Ultimamente eu me apaixonei por Slipknot de novo. Eu sempre amei, mas quando eles lançam algo novo, eu volto e ouço tudo de novo. Estou me apaixonando pelo Iowa mais uma vez. Ainda sinto que é o disco mais raivoso e pesado da história.

– WM: Você pensa em fazer um álbum de metal, digamos, em um projeto paralelo?

Eu pessoalmente gostaria de fazer, com ou sem o Nickelback. Não sei se eles se interessariam. Eu só não tenho o tempo suficiente. Mas faria em um projeto paralelo, com certeza.

– WM: Feed The Machine é um ótimo álbum. Você acha que suas influências do metal estão mais presentes neste disco?

Sim! Eu e Chad [Kroeger, vocalista] sempre tivemos metal no nosso background. Nós quatro ouvíamos Megadeth, Metallica, o Big Four. Não sei se eles estão mais nessa vibe. Mas faz parte da gente.

– WM: O Nickelback já tem quase 25 anos. O que mudou para vocês, como banda, nesses anos?

Com o tempo, Chad tem sido um escritor cada vez melhor. Nós nos tornamos melhores ao vivo também, o que é muito importante para a gente. Ter performances fortes…

– WM: E pessoalmente? Sem mais o estilo “Rockstar” pra você?

Não! (risos) Eu parei de beber, de usar drogas, nem durmo tarde mais. Só vou na academia e trabalho.

– WM: O que te move como músico?

O que me move como música é o peso. Eu gosto de coisas pesadas. Pode ser Meshuggah, ou outra banda pesada. Até o Bob Marley tem músicas pesadas. Essa base pesada é o que me faz seguir.

– WM: Vocês se apresentarão no Rock In Rio em breve. Quais as expectativas para o show?

Tivemos essa experiência antes e o público brasileiro é ótimo! Quero muito me reconectar com eles.

– WM: Existe alguma experiência inesquecível que você teve como músico?

Acho que a mais inesquecível foi a primeira vez que ouvi nossa música na rádio. Eu me lembro com quem eu estava, onde eu estava e o que eu estava fazendo. Foi especial porque era numa festa de Natal de um trabalho que eu fazia. Eu não queria estar lá, mas tinha que ganhar dinheiro para pode tocar minhas músicas. E as pessoas colocaram na rádio e ouvimos o Nickelback tocando. Eu percebi que eu talvez não precisasse mais fazer aquele trabalho. E, graças a Deus, foi o que aconteceu.

– WM: E sobre o futuro? Alguma nova música ou álbum chegando?

Chad está trabalhando em algumas músicas e eu irei para o Canadá ouvi-las em breve. Vamos ver como vai ser!