Soulfly, lançou o novo álbum, Chama, na última semana, e Max Cavalera aproveitou para falar sobre como a queda nas vendas na era do streaming afetou as chances de novas bandas sobreviverem e conseguirem sucesso.
Em entrevista ao site a Chaoszine, o vocalista e guitarrista do Soulfly disse [transcrição via Blabbermouth]: “É muito difícil. As vendas de discos hoje em dia, comparadas com o que eram há 25 anos… Quando Soulfly surgiu, o primeiro álbum da banda foi disco de ouro nos Estados Unidos. Roots, do Sepultura e Primitive, do Soulfly, também foram discos de ouro e venderam milhares de cópias. Isso não acontece mais. Você tem que fazer tudo agora. Tem que usar as redes sociais. Sair em turnê, vender camisetas. Tem que ser criativo. É difícil.”
Ele continuou: “Acho que para uma banda jovem começando agora, é muito difícil. Muito mais difícil [do que costumava ser]. Mas é o que é. Eles criaram esse monstro e não sabem como consertá-lo. E é uma pena que os músicos acabem pagando o preço por isso. Fico feliz que pelo menos ainda estejamos gravando álbuns.
Max Cavalera também exaltou a mídia física e os colecionadores, garantindo que por isso continuará gravando discos: “E existem fãs que amam vinil — amam a cópia física. E ainda existe uma paixão por essa música, e eu adoro isso. E é por isso que continuarei gravando discos, porque acredito no álbum, acredito no poder de um disco. Acredito no poder de um álbum. É algo mágico, legal. É algo incrível. Eu ouço meus discos antigos, ouço discos novos. Estou sempre inspirado por álbuns. Acho isso incrível.”
Max e Iggor Cavalera no Brasil
O Cavalera anunciou show exclusivo no dia 13 de novembro, no Espaço Unimed, em São Paulo, com os headliners Massive Attack. Os ingressos disponíveis a partir de 16 de setembro, ao meio-dia, no site da Eventim.
O evento tem o intuito de apoiar e dar visibilidade aos esforços dos povos indígenas do Brasil e do G9 da Amazônia (organizações indígenas de nove países amazônicos).
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