A exposição Cazuza Exagerado, considerada a maior já realizada sobre o cantor e compositor brasileiro Cazuza, estreou hoje, 22, em São Paulo. Ocupando cerca de 1.800 m² no Shopping Eldorado, no bairro de Pinheiros, a mostra já havia conquistado o público no Rio de Janeiro e agora chega à capital paulista em versão ampliada e ainda mais imersiva. Os ingressos estão disponíveis no site cazuzaexposicao.com.br.

Organizada para comemorar os 40 anos do clássico álbum Exagerado, de 1985, a exposição reúne mais de 700 itens originais, entre roupas, documentos, manuscritos, desenhos e registros históricos que pertenciam ao artista, muitos preservados pela mãe de Cazuza, Lucinha Araújo, presidente da Sociedade Viva Cazuza.

Os visitantes poderão percorrer 11 salas temáticas que combinam tecnologia de ponta, hologramas e experiências interativas, oferecendo um mergulho sensorial e emocional na trajetória do músico, desde a infância até os dias de fama, passando por momentos emblemáticos como sua passagem pelo Barão Vermelho e sua carreira solo. Confira o que cada sala apresenta:

Sala 1 – Agenor Caju
O visitante conhece a infância de Agenor de Miranda Araújo Neto por meio de objetos pessoais, registros escolares e lembranças familiares. A sala revela as primeiras influências artísticas, como o teatro e o circo. Diários, desenhos e brinquedos ajudam a traçar o início da formação criativa de Cazuza.

Sala 2 – Maior Abandonado
Este espaço acompanha os primeiros passos de Cazuza na música e sua ascensão como vocalista do Barão Vermelho. Registros raros de shows, bastidores e imprensa contextualizam o impacto da banda nos anos 1980. Materiais originais dos três primeiros discos ilustram essa fase decisiva.

Sala 3 – Eu Sou Manchete Popular / Carreira Solo
A sala mergulha na transição para a carreira solo, destacando a exposição midiática e a maturidade artística do cantor. Objetos íntimos, como manuscritos, roupas, óculos e a máquina de escrever, revelam seu processo criativo. A cenografia interativa simula manchetes, críticas e arquivos históricos.

Sala 4 – Viva o Chacrinha, Viva o Palhaço
O ambiente recria a atmosfera caótica e popular dos programas de auditório dos anos 1980. Luzes, projeções e trilhas remetem às passagens marcantes de Cazuza pelo programa de Chacrinha. A sala destaca a relação do artista com a cultura de massa e a TV aberta.

Sala 5 – Cazuza por Toda Parte
A presença de Cazuza na mídia é apresentada em uma experiência audiovisual imersiva. Imagens animadas com apoio de inteligência artificial dialogam com trilhas sincronizadas. Painéis fotográficos exibem momentos públicos e íntimos ao longo de sua trajetória.

Sala 6 – Caravana do Delírio
A icônica Veraneio preta é reconstruída como símbolo da liberdade e do deslocamento urbano do artista. Projeções, fotos pessoais, troféus e textos acompanham o período em que Cazuza já enfrentava a doença. O público pode folhear um álbum com registros inéditos.

Salas 7 e 8 – Camarim e Canecão / O Tempo Não Para
Os espaços recriam o camarim e o palco do último show no Canecão, em 1989. Estão em destaque o terno branco, discos de ouro e objetos simbólicos da carreira. Um holograma de Cazuza no palco reforça a emoção do momento histórico.

Sala 9 – Poesia
A palavra falada ganha protagonismo com o poema Cineac Trianon. O texto é interpretado por atores que viveram Cazuza no teatro e no cinema. A sala valoriza o lado literário e sensível do artista, além da música.

Sala 10 – Na Mídia, na Novidade Média
O espaço recria ambientes culturais frequentados por Cazuza, como a Galeria Alaska e a Pizzaria Guanabara. Telas exibem trechos de filmes, novelas, entrevistas e videoclipes. A sala mostra como o cantor atravessou diferentes linguagens artísticas.

Sala 11 – Eu Ando Muito Bem Acompanhado
Inspirada na Pizzaria Guanabara, a sala propõe encontros virtuais com amigos e parceiros de Cazuza. Depoimentos em vídeo permitem “conversas” com nomes como Ney Matogrosso, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Frejat e Fernanda Montenegro. O espaço reforça o legado afetivo do artista.

A mostra promete ser um dos grandes eventos culturais do fim de 2025, reunindo fãs antigos e novos públicos em uma celebração da obra de um dos nomes mais icônicos da música brasileira.

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Repórter e Fotógrafa em cobertura de shows, resenhas, matérias, hard news e entrevistas. Experiência em shows, grandes festivais e eventos (mais de mil shows pelo mundo). Portfólio com matérias e entrevistas na Metal Hammer Portugal, Metal Hammer Espanha, The Metal Circus (Espanha) Metal Injection (EUA), Wikimetal e outros sites brasileiros de cultura e entretenimento. Também conhecida como A Menina que Colecionava Discos - [email protected]