Ao longo dos 50 anos de existência, o Scorpions passou por diversas mudanças na formação. Logo no começo da banda, após o lançamento do álbum Lonesome Crow (1972), Michael Schenker deixou o grupo, uma das separações mais difíceis para Klaus Meine.

Em entrevista ao Scorpions Brazil, o vocalista relembrou a saída do irmão de Rudolf. Na época, Michael “salvou a turnê” do UFO por tocar com Scorpions, o ato de abertura, e substituir um guitarrista dos headliners que teve problemas com passaporte.

“Acho que uma das [mudanças] que mais me tocou foi logo no início, quando éramos uma banda nova e tínhamos acabado de gravar nosso primeiro álbum”, contou Meine. “Ele tocou com a gente, a banda de abertura, e com os headliners do UFO. E depois foi para Londres para entrar no UFO, que se tornou muito popular. E Michael escreveu músicas maravilhosas e deixou seus velhos amigos para trás na Alemanha”.

Mesmo feliz pela oportunidade única para o amigo, Meine ficou desanimado após a separação. “E sem dúvidas, nós desejamos muita sorte a ele na Inglaterra. Na década de 1970, para um músico alemão ter a chance de ir para Londres era um sonho”, continuou o cantor. “Não ficou um clima ruim, mas quando olho para trás, foi logo quando começamos e alguém saiu da banda. Foi positivo, mas foi como um corte. Lembro de pensar, ‘Não quero mais fazer isso’”.

Apesar da troca de farpas pública com o irmão mais velho, Michael tem boas memórias da fase inicial do Scorpions e gravou o primeiro álbum com a banda aos 15 anos de idade, como contou ao Wikimetal há alguns anos em uma entrevista espetacular. “Eu tinha 15 anos quando nós gravamos e foi lançado provavelmente um ou dois anos depois. Eu me lembro de quase tudo”, narrou Michael. “E levamos sete dias, estávamos no estúdio em Hamburgo e estávamos todos preparados. Fizemos o álbum e não muito tempo depois ouvimos no rádio, foi uma experiência incrível”.

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