Kirk Hammett tem sido alvo de críticas e piadas na internet por conta de seu solo de guitarra em “Lux Æterna”, um dos singles mais recentes do Metallica.

Internautas inconformados opinaram que este seria o “pior solo” de Hammett, enquanto outros postaram suas próprias versões “melhoradas” no YouTube. A proporção das críticas foi tão grande que o guitarrista se defendeu e desabafou sobre o assunto recentemente.  

Em entrevista para a Total Guitar, Hammett rejeitou a ideia de que seu solo seria ruim apenas por ser fácil de tocar e explicou que era um solo a serviço da música. “Sim, os amigos que moram na minha rua provavelmente poderiam tocar um solo melhor em ‘Lux Æterna’, mas pra quê? Para mim, o apropriado é tocar para a música e no momento,” argumenta.

Hammett também disse dar risada das críticas online e das pessoas que tentaram recriar seu solo de maneira mais elaborada. O guitarrista disse que poderia tocar uma sequência mais complexa e fazer até mesmo um arpejo, mas esse tipo de técnica “não funcionaria em nenhuma canção do Metallica”.

“Eu sei módulos, sei a escala húngara, escalas simétricas, sei tudo isso,” continua. “É apropriado? Talvez alguns anos atrás, mas não hoje em dia. O que é mais apropriado é criar melodias que soam mais como melodias vocais. E adivinha só? A melhor escala para imitar melodias vocais é a pentatônica.”

A escala pentatônica mencionada por Kirk Hammett é conhecida por ser fácil de ser aplicada e também fácil de ser adaptada, sendo comumente usada por músicos “iniciantes”. Ela é o conjunto de todas as escalas formadas por cinco notas musicais ou tons.

Para finalizar, o guitarrista do Metallica negou a sugestão de que ele não seria um apreciador da técnica na guitarra, justificando: “Eu amo quem toca intuitivamente e eu já ouvi muita técnica verdadeira em quem toca de maneira intuitiva. Allan Holdsworth, Eddie Van Halen, Joe Satriani, Yngwie [Malmsteen] – todos eles tocam intuitivamente, mas para muitos caras isso é como um esporte ou como as Olímpiadas.”

“A música é [feita] para refletir beleza, criatividade, sentimento, vida. Existe um lugar e uma audiência para toda [a técnica], mas eu sinto que às vezes as pessoas se cansam disso,” conclui.

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