Em participação no The Wikimetal Happy Hour, Iggor Cavalera falou sobre seu estilo particular de tocar bateria e revelou que quase desistiu do instrumento por não ter tido um bom começo.

De acordo com o baterista, suas primeiras aulas foram aos 7 anos de idade, mas a didática do professor não agradou o pequeno Iggor. “Eu peguei um professor muito mala, um daqueles caras de jazz que não entendia a cabeça de um moleque de 7 anos que queria sentar na bateria e soltar os cachorros. O cara só ficava na técnica e na teoria.”

Depois de 3 semanas, Cavalera teria conversado com os pais e pedido para não continuar as aulas porque achava que se continuasse aprendendo daquele jeito, ele pegaria “bode” de bateria. Sem as restrições do professor, Iggor tentou aprender sozinho, colocando seus discos para tocar e seguindo a música de ouvido.

Essa técnica autodidata funcionou e ajudou a desenvolver a técnica pessoal de tocar bateria pela qual Iggor Cavalera é reconhecido. Mas apesar das dificuldades na sala de aula e de ter escolhido seguir o próprio caminho, o baterista reforça o valor e a importância dos professores.

“Eu sempre falo isso para os meus filhos, para a molecada mais nova: tocar bateria com o professor não tem nada de errado, aprender sozinho também não tem nada de errado. São caminhos diferentes, mas acho que os dois são muito legais,” reflete. “Você pode ter um professor que seja uma inspiração pelo resto da sua vida. Eu acho que tem que dar esse valor para os professores. Do meu lado eu dei azar e, pelo fato de ser bem teimoso, eu acabei fazendo eu mesmo o meu estilo, o meu jeito de tirar as músicas e tudo.”

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