Em entrevista recente ao The Metal Voice, Frank Bello, do Anthrax, respondeu algumas perguntas sobre sua biografia Fathers, Brothers, And Sons: Surviving Anguish, Abandonment, And Anthrax, lançada em 2 de novembro.

Durante a conversa, Bello relembrou o episódio doloroso para ele e sua família que foi o assassinato de seu irmão em 1996. Anthony Bello foi morto com três tiros no bairro do Bronx e a experiência não só marcou Frank, mas o atingiu tão profundamente que o músico passou a caçar o assassino em busca de vingança.

“Eu perdi a linha,” conta Bello. “Duas semanas depois do assassinato do meu irmão eu surtei ao ponto de me tornar o caçador. Eu meio que me perdi de quem eu era, eu enxergava tudo preto. Não me importava com o Anthrax nem com a minha família, eu só tinha um objetivo e era vingança.”

Ainda de acordo com Frank Bello, um momento de clareza fez com que ele pensasse em sua mãe antes de cometer algum ato de violência. Depois do episódio, ele procurou ajuda na terapia.

“Ainda bem que pensei na minha mãe,” relata. “[Pensei] ‘O que estou fazendo aqui? Por que estou segurando uma arma?’ Eu pensava na minha mãe e me perguntava o que aconteceria se eu fizesse aquilo. Ela ia perder dois filhos. Então pensei no meu irmão que morreu e isso meio que me tirou desse transe. Fui pra casa e me joguei na terapia.”

Uma testemunha do assassinato de Anthony Bello apareceu para o pré-julgamento, mas não foi mais encontrada depois, de acordo com Frank, então o caso da morte de seu irmão foi arquivado. 

Na mesma entrevista, o baixista do Anthrax relembrou outra tragédia que marcou sua juventude: a morte de Cliff Burton. Frank Bello foi uma das últimas pessoas a ver Burton com vida e recordou as últimas palavras ditas ao amigo antes do acidente de ônibus que o matou.

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