O guitarrista Eric Clapton revelou ter sofrido “desastrosas” reações à vacina contra covid-19. Ele criticou a “propaganda” por exagerar a segurança da vacina. As informações e críticas foram publicadas em uma carta que ele enviou a um arquiteto ativista anti-lockdown.

Anteriormente, Clapton havia compartilhado suas ideias sobre o lockdown, quando participou da música anti-quarentena de Van Morrison, “Stand and Deliver”, em dezembro de 2020. Dois meses depois, o guitarrista tomou a primeira dose da vacina AstraZeneca.

Na carta escrita a Robin Monitti Graziadei, que a compartilhou com permissão do guitarrista – a Rolling Stone EUA confirmou a autenticidade da carta -, ele disse: “Tomei a primeira injeção de AZ [AstraZeneca] e imediatamente tive reações graves que duraram dez dias. Eu me recuperei eventualmente e disseram que faltavam doze semanas para a segunda [dose].”

“Cerca de seis semanas depois, recebi uma oferta e tomei a segunda dose da AZ, mas com um pouco mais de conhecimento dos perigos. Desnecessário dizer que as reações foram desastrosas; minhas mãos e pés estavam congelados, dormentes ou queimando, e ficaram praticamente inúteis por duas semanas. Eu temi nunca mais tocar (eu sofro de neuropatia periférica e nunca deveria ter chegado perto da agulha). Mas, a propaganda dizia que a vacina era segura para todos.”

Na carta ele também disse que descobriu “heróis” antilockdown como o político Desmond Swayne e alguns YouTubers que compartilham da sua mentalidade. “Eu continuo a trilhar o caminho da rebelião passiva e tento seguir a linha para ser capaz de amar ativamente a minha família, mas é difícil morder a minha língua com o que sei agora”, escreveu Clapton.

“Então, fui direcionado paraVan Morrison; foi quando encontrei a minha voz e, embora estivesse cantando as palavras dele, elas ecoavam em meu coração”, escreveu Clapton. “Gravei ‘Stand and Deliver’ em 2020 e fui imediatamente tratado com desprezo.”

“Há muitos de nós que apoiamos Van [Morrison] e seus esforços para salvar a música ao vivo. Ele é uma inspiração. Devemos nos levantar e ser ouvidos porque precisamos encontrar uma maneira de sair dessa bagunça. Não vale a pena pensar em alternativa. A música ao vivo pode nunca se recuperar.”

“Fui um rebelde durante toda a minha vida contra a tirania e a autoridade arrogante, que é o que temos agora”, escreveu Clapton. “Mas também anseio por comunhão, compaixão e amor. Acredito que com essas coisas podemos prevalecer.”

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