Texto e entrevista por Matheus Jacques

Recentemente tive o prazer de ter uma breve conversa com Alex Meister, habilidoso guitarrista que lançou dois novos singles, “Hard to Say Goodbye” e “It Ain’t Bout Love”, papo que pode ser conferido abaixo na íntegra!

Wikimetal: Olá Alex! Você nos trouxe recentemente dois novos sons, primeiro “Hard to say Goodbye” e agora seu mais novo single “It Ain’t ‘Bout Love”. Tanto musicalmente quanto na parte temática, qual a essência dessas faixas? 

Alex Meister: Essas faixas são na linha mid-tempo, daquelas que nunca poderiam faltar em um grande álbum de hard rock. Tendo andamento cadenciado com muita variação de dinâmica, culminando em grandes ganchos e refrães que não sairão da sua cabeça. A essência temática delas é retratar  momentos cotidianos como quando se encerra um relacionamento com uma bela mulher, mesmo que contra a sua vontade. Essas músicas são na linha das que mais gosto de ouvir e compor!

WM: Elas também ganharam videoclipes. Qual o conceito e quem esteve envolvido neles?            

AM: “Hard to Say Goodbye” ganhou um belo clipe em 4k dirigido e filmado pela GK Produções. A mesma com quem trabalhei nos clipes do Marenna-Meister em 2020. Utilizamos uma locação aberta em um galpão ao lado do estádio Engenhão aqui no Rio, onde filmamos praticamente todo o vídeo. O de “It Ain’t ‘bout Love” foi feito a partir de imagens do clipe original, junto com novas imagens filmadas em estúdio com iluminação controlada editadas por Tiago Medeiros, que também fez o lyric vídeo de “The Price of Love” e também a capa do Out of Reach do Marenna-Meister.

WM: Esses dois singles sucedem, especificamente em questão de carreira solo, a faixa “Just Thinkin About You” de 2019. Qual a meta sendo traçada, existe um novo trabalho completo sendo desenvolvido? E que tipo de material podemos esperar?

AM: Vocês podem esperar pelo o quê será o meu segundo CD solo, sendo o sexto da minha carreira. Isto foi idealizado no momento em que estava terminando de produzir “Hard to Say Goodbye”. Esse trabalho será um grande resumo da minha carreira até o ano de 2022, quando o álbum for editado por completo, inclusive em formato físico em CD, trazendo um apanhado de músicas, algumas que ainda foram escritas nos anos 90, e várias outras mais recentes, sendo regravadas e produzidas agora. A meta é lançar singles até completar as 10 faixas pro álbum completo. Fiquem ligados que tem muita coisa boa por vir!

WM: Vivenciamos uma época especialmente complicada (a situação pandêmica), que afetou direta ou indiretamente muitas pessoas, até em questão criativa. Estar vivenciando isso lhe influenciou de alguma forma na questão produtiva e de desenvolvimento de material? Como você vem lidando com isso?

AM: Não há como negar que essa situação que começamos a passar desde março do ano passado não tenha mexido de forma muito complexa para todos nós. Um dos grandes aspectos é que ficamos sem palco para tocar nesse período, além de quê muitas casas fecharam as portas. Então vi que a solução era continuar fazendo catálogo, lançando música. Ano passado lancei o Out of Reach com o Marenna-Meister, e agora desenvolvi este novo projeto que originará o meu segundo CD aonde além tudo, também passei a ser o vocal. Não sabemos ao certo quando isso vai terminar e quando nossas vidas voltarão ao normal. Mas enquanto isso não acontece, continuarei produzindo pra manter a minha cabeça no lugar (risos).

WM: Me fala um pouco dos músicos que estão lhe acompanhando atualmente.

AM: Os músicos são os mesmos que me acompanharam no Out of Reach. Cris Gavioli no baixo, Tilly na batera e Sidney Sohn nos teclados. Eu gostei demais do resultado do último CD do Marenna-Meister e não quis mexer um time que estava ganhando! 

WM: Você teve álbuns  lançados e distribuídos fora do Brasil ao longo de sua carreira. Como vê, hoje em dia, a abertura e recepção para materiais da sonoridade que você desenvolve? Existe um mercado forte ainda nesse sentido?

AM: Desde que assinei meu primeiro contrato pra lançar um CD meu no exterior, ainda em 2005 com a Spiritual Beast do Japão, até hoje muita coisa mudou. Naquela época mal existiam bandas de Hard Rock na ativa no mercado, e quando surgi com o primeiro CD independente do Pleasure Maker ainda em 2004, consegui arrancar diversas críticas positivas da imprensa especializada no exterior, inclusive uma menção honrosa para melhores músicas de 2005 no então mais importante site do estilo MelodicRock.com da Austrália com nada menos que a faixa “Just Thinkin’About You”. Mas com o aparecimento do Crashdiet ainda no mesmo ano junto com toda a sua repercussão, em menos de 2 anos o mercado se aqueceu novamente e já em 2008 surgiram novos ícones como H.E.A.T., Reckless Love, Crazy Lixx e etc, junto com o fortalecimento do selo italiano Fronteirs e Ear Music. No momento o mercado está muito competitivo desde lá!