A banda brasileira Electric Mob lançou recentemente seu segundo álbum de estúdio, 2 Make U Cry & Dance.

O disco chega ao mercado através da gravadora italiana Frontiers Music e sucede o aclamado Discharge (2020), que recebeu destaque internacional e colocou o Electric Mob no radar mundial. A banda tocou em rádio da Europa e dos Estados Unidos, entrou no BDS Indicator Chart da Billboard e atingiu números expressivos nas plataformas de streaming.

Em 2 Make U Cry & Dance, o quarteto formado por Renan Zonta (vocal), Ben Hur Auwarter (guitarra), Yuri Elero (baixo) e André Leister (bateria) consegue manter a vibração de antes, ao mesmo tempo em que adiciona novos elementos à sua sonoridade, a tornando ainda mais vigorosa e atual. Em suma, o novo trabalho representa o aperfeiçoamento da fórmula que a banda segue desde sua formação em 2016, explorando a fusão de elementos clássicos da velha escola dos anos 1970 e 1980 com o groove explosivo do rock pesado dos anos 90 e 2000.

Para que você não perca nenhum detalhe sobre as novas músicas, o Electric Mob preparou um faixa-a-faixa de seu novo álbum. Confira:

1. “Sun Is Falling”

O “cartão de visitas” dessa nova fase. Essa música caracteriza bem o que quisemos trazer nesse trabalho novo. Cheia de peso e visceralidade, ela traz uma influência moderna nos arranjos e timbres, mas do nosso jeito, com a nossa cara: riff motosserra, gritaria, groove pesadão e melodia chiclete.

2. “Will Shine”

Essa é especial. O Ben Hur tinha o riff de introdução guardado há um tempo já e quando a gente começou a compor o disco de cara já veio “pô, isso aí é meio baião!”. A gente abraçou a ideia, mas sem nos apropriar, e tentamos trazer pra nossa realidade. No Discharge acabamos não mostrando muito isso, esse tempero brasileiro, essa batucada e esse groove que só tem aqui. “Will Shine” é o filho brasileiro que aprendeu a falar inglês e se encontrou com o rock.

3. “IT’S GONNA HURT”

O Electric Mob sempre tem dessas de compor tudo e depois pensar “ah, tá faltando algo” e “IT’S GONNA HURT” era o que faltava. Foi a última música a ser composta e queríamos mais um single com essa sonoridade mais rock moderno que alcançamos com “Sun Is Falling”. Não tem segredo: É descer a lenha do jeito que a gente sempre tenta fazer.

4. “By The Name (nanana)”

Rock com tudo que tem direito! (risos). Coro, palma, solo de guitarra, breakdown… A gente queria fazer uma música que fosse meio que um epítome do rock, com tudo que a gente gosta, e de um jeito descontraído. Música de ouvir dando rolê e de levantar o copo no show quando gritar o “NANANA” com o Renan.

5. “Soul Stealer”

Talvez a mais pesada do álbum. É o nosso grunge. Cheia de nuances e dinâmicas diferentes com uma letra tão pesada quanto o riff e um solo de guitarra lenha do Ben Hur. Foi uma música mais complicada de finalizar por ter tantas partes diferentes e levou um tempo pra conectar tudo isso, mas tá aí. Ela mostra um lado mais melancólico e brabo que influenciou a gente inconscientemente nesse período de pandemia que coincidiu com a produção do disco.

6. “4 letters”

Quando a gente tava quase acabando a pré-produção, percebemos que não tínhamos nenhuma música no tracklist que desse uma acalmada nos ânimos. Não necessariamente uma balada, mas uma que fosse menos pesada. Tava só tiro, porrada e bomba! (risos) Aí o Renan incorporou o violeiro e trouxe essa ideia que virou “4 letters”. A música fala sobre amor e sobre amar, do jeito que você quiser, o que ou quem você quiser, e da forma que você achar que deve. E na hora de tocar a gente deixou vir as nossas influências de pop.

7. “Locked n Loaded”

Se o “roqueirão” chegou até essa parte do disco e sentiu falta de uma farofada, os problemas dele acabaram! (risos) “Locked n Loaded” é onde deixamos acontecer toda a nossa influência hard rock, desde Badlands e Guns N’ Roses até Black Crowes e Rival Sons. Riff doloso, groove pesado e vocal malicioso, do jeito que é.

8. “Saddest Funk Ever”

A ideia surgiu no começo do processo de composição e bem no auge da pandemia, com um monte de coisa ruim acontecendo e um desgoverno que, cada vez mais, enterrava qualquer esperança, pisava nas minorias e fazia piada da maior desgraça da nossa geração. A gente precisava falar algo, mas como abordar tanto estrago? Coloca toda a raiva e desespero na letra de uma música dançante. A Dua Lipa tinha dito algo parecido numa entrevista e isso nos inspirou. E é dessa música que vem o título do álbum, 2 Make U Cry & Dance.

9. “Thy Kingdom Come”

Essa é daquelas pra ouvir no talo e abrir roda no show. Já tínhamos pré-refrão e refrão. Pras estrofes pensamos “porque não contar uma história?”. Abraçamos essa ideia do universo cancioneiro, que tem bastante na música caipira brasileira e também no country old school americano. Assim nasceu essa história de terror que é engraçada ao mesmo tempo e com pegada digna de rock nervoso que mistura AC/DC com Motörhead e tem uma nota longa do Renan estilo “Galopeira” que deixaria Xororó orgulhoso… Enfim, maluca que nem “nóis” (risos)

10. “Love Cage”

A música mais antiga do repertório. “Love Cage” foi composta nas sessões do Discharge, mas não entrou na época (assim como tantas outras que guardamos). É uma música que a banda nunca desgostou, mas também nunca deu muita moral, até revisitarmos na produção do 2MUC&D. A gravadora relembrou a gente e desde então ela cresceu na banda. É a favorita do Yuri e, desde que saiu como single, se tornou a favorita de vários fãs também. Além disso, a energia dela ao vivo é coisa de louco, como a gente fala aqui no Paraná hahaha!

11. “WATCH ME (I’m Today’s News)”

Fechar álbum com uma doideira experimental tá virando tradição no Electric Mob hahaha! “WATCH ME…” também é da época do Discharge, mas nunca tinha sido trabalhada. Só existia uma versão violão e voz que o Renan tinha gravado no celular. Quando começamos a trabalhar o repertório, nosso produtor Amadeus de Marchi adorou essa ideia de violão e voz até que convenceu a gente de manter no arranjo final. É uma música bem densa, pesada, emotiva e diferente do que a galera tá acostumada a ouvir da gente.

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