Banda está nos line-ups de alguns dos maiores festivais do Brasil e do mundo

Com uma carreira relativamente curta, os brasileiros do Ego Kill Talent trilharam um caminho admirável. Desde 2017, a banda lançou um disco, se apresentou por toda a Europa abrindo para bandas como System of a Down e Shinedown, tocou nos dois principais festivais nacionais — Rock in Rio e Lollapalooza — e abriu para o Foo Fighters e Queens Of The Stone Age em uma turnê conjunta que passou pelo Brasil.

Formada por Theo van der Loo (guitarra e baixo), Niper Boaventura (guitarra e baixo), Jonathan Correa (vocal), Raphael Miranda (bateria e baixo) e Jean Dolabella (bateria e guitarra), a banda leva o nome Ego Kill Talent (“o ego mata o talento”, em tradução livre) a sério. No estúdio e no palco, os integrantes mantém a humildade ao revezar os instrumentos e trabalhar juntos na composição das faixas.

“A gente ensaia muito para rolar essas trocas [no palco] e soar natural”, explicou o grupo durante uma entrevista ao portal TMDQA!. “A gente não faz isso para ser uma coisa circense, pelo contrário (…) Elas acontecem porque fazem sentido.”

Das histórias da música mundial, se compreende que o ego de uma banda pode ser acima de tudo um empecilho. Um sentimento que, quando está no auge, faz com que muitos artistas mudem de postura e transformem o olhar sobre a música. Para evitar perder o que os colocou juntos, os membros do EKT utilizam a fama puramente para disseminar o rock and roll brasileiro, evitando caprichos durante o trajeto.

“O rock não é estilo musical número 1 quando você coloca junto o sertanejo, o funk, a música eletrônica”, afirmam. “Mas ele ainda arrasta multidões nos estádios todos os anos, no mundo inteiro. Ele tem uma energia que, na minha opinião, tem a ver com uma sinceridade, honestidade e autenticidade que toca as pessoas.”

Trajetória gringa

Apesar de carregar um nome estrangeiro e cantar letras em inglês, o grupo explora as raízes nacionais e as carrega adiante, se apresentando em grandes festivais que podem parecer um sonho para algumas bandas. No último fim de semana, por exemplo, o grupo participou do famoso Rock am Ring, evento de música anual que acontece na Alemanha e sempre traz um line-up cativante.

Lá, o EKT dividiu a atenção com Muse, Foo Fighters e Thirty Seconds to Mars provando que o rock, e principalmente o rock brasileiro, não está morto. Na mesma semana, os roqueiros tocaram em Copenhague, na Dinamarca, abrindo para os americanos do Shinedown – que rendeu mais seis noites pela Europa com os caras nos próximos dias.

“Foi emocionante porque depois do show nos contaram que o Metallica tocou neste exato mesmo palco em 1984 na turnê do Ride the Lightning com Cliff Burton… Fora que é a cidade onde nasceu o Lars Ulrich”, disse Theo, animado.

“Ainda vamos fazer mais alguns festivais bem grandes”, contou, citando Grasspop, Novarock, Download Madrid e Download Paris, eventos em que se juntarão a gigantes da música como Guns N’ Roses, Foo Fighters e Ozzy Osbourne. O céu é o limite.

Veja abaixo algumas fotos dos shows do EKT na Europa.

Crédito: Denis Carrion

Categorias: Notícias Opinião

Jornalista musical há 8 anos, é editora do Wikimetal, onde une suas duas grandes paixões: música e escrita. Acredita que a música pesada merece estar em todos os lugares e busca tornar isso realidade. Slipknot, Evanescence e Bring Me The Horizon não podem faltar na sua playlist.