Descubra fatos interessantes sobre uma das maiores obras primas psicodélicas do rock

Existem discos que fizeram sucesso, e existe Dark Side of the Moon. A obra eternamente popular do Pink Floyd vendeu mais de 15 milhões de cópias nos Estados Unidos desde o lançamento, em 1º de Março de 1973, e mais de 45 milhões ao redor do mundo. Uma verdadeira preciosidade do rock clássico, o álbum fez dos criadores – o baixista e vocalista Roger Waters, o guitarrista e vocalista David Gilmour, o tecladista e vocalista Rick Wright e o baterista Nick Mason – incrivelmente ricos.

Além do massivo sucesso comercial, Dark Side of the Moon foi um ponto decisivo na carreira do quarteto britânico, que marcou a transição de um Pink Floyd experimental e progressivo para um ícone do rock caracterizado pela riqueza de suas músicas. Gravado no Abbey Road Studios, em Londres, em diversas sessões entre Maio de 1972 e Janeiro de 1973, o disco transborda significado.

Sendo originalmente concebido como uma coesa coleção de canções sobre as pressões enfrentadas por um músico, Dark Side of the Moon expandiu o objetivo inicial abordando assuntos mais abrangentes, como a riqueza (em “Money”), os conflitos armados (em “Us and Them”), a loucura (em “Brain Damage”), crises existenciais (em “Time”) e a morte (em “The Great Gig in the Sky”). Há muito o que se dizer sobre uma obra tão importante da música. Mas, dentre todas elas,  a Rolling Stone EUA reuniu 10 curiosidades sobre o disco, que podem ser lidas abaixo.

1. Dark Side of the Moon foi o primeiro disco do Pink Floyd a ter Roger Waters como compositor solo.
Roger Waters contribuiu com as letras do Pink Floyd desde A Saucerful of Secrets (1968) — ele também recebeu créditos como cocompositor em “Pow R. Toc H.” e “Interstellar Overdrive”, de The Piper at the Gates of Dawn, o debute de 1967 da banda), mas Dark Side of the Moon marcou a primeira vez em que o baixista comandou a produção das letras de um disco completo do Pink Floyd.

2. O disco quase se chamou Eclipse.
Desde o começo, a banda tinha a intenção de chamar o álbum de Dark Side of the Moon, como uma referência à loucura, e não ao espaço sideral, mas quando o Medicine Head lançou um disco com o mesmo nome em 1972, o Pink Floyd reconsiderou a decisão e pensou no novo título Eclipse. Mas como o trabalho dos colegas britânicos fez pouco sucesso, o grupo se sentiu livre para utilizar o nome original.

3. Os fãs do Pink Floyd puderam ouvir Dark Side of the Moon ao vivo um ano antes do lançamento oficial.
Em 20 de Janeiro de 1972, a banda tocou todas as faixas do álbum ao vivo, a mesma sequência em que aparecem na obra, no Brighton Dome, no show que chamaram de Dark Side of the Moon: A Piece for Assorted Lunatics. O grupo repetiu a apresentação ao longo de 1972, melhorando as faixas e as transições entre elas com a prática.

4. O arranjo original de “On the Run”, tocado ao vivo, não se parece nada com a música do disco.
De todas as músicas de Dark Side tocadas ao vivo em 1972, “On the Run” foi a que sofreu a mudança mais radical no estúdio. Originalmente conhecida como “The Travel Sequence”, a faixa instrumental era originalmente guiada por uma guitarra, mas recebeu uma transformação eletrônica massiva na gravação, graças a um sintetizador analógico modular portátil conhecido como EMS Synthi AKS.

5. “Money” foi influenciada por Booker T. & the M.G.’s.
Segundo David Gilmour, “Money” tem raízes na banda norte-americana de soul instrumental Booker T. & the M.G.’s. Em uma entrevista de 2003 à Rolling Stone EUA, ele explicou que tinha o disco Green Onions na adolescência, e que trouxe muito do grupo na produção musical dele.

6. As contribuições de Paul McCartney foram deletadas do disco – mas o Beatle também fez uma aparição especial no LP.
Em uma tentativa de amarrar as faixas de Dark Side, Roger Waters gravou entrevistas com os funcionários do Abbey Road, das turnês, e todas as pessoas que estavam trabalhando no estúdio, e colocou algumas partes das conversas na versão final. Paul McCartney, que estava terminando Red Rose Speedway, disco do Wings, no Abbey Road, estava entre os entrevistados, mas Waters não utilizou as respostas dele.

Apesar disso, McCartney – ou pelo menos a música dele – ainda conseguiu uma breve aparição no álbum. Se você escutar com atenção o fim de “Eclipse”, há uma passagem da versão orquestrada de “Ticket to Ride”, dos Beatles; a música aparentemente estava tocando ao fundo no estúdio, enquanto Gerry O’Driscoll estava sendo gravado.

7. “Us and Them” foi rejeitada da trilha sonora de Zabriskie Point.
“Us and Them” começou a tomar forma em 1969, como uma faixa instrumental chamada “The Violent Sequence”, escrita por Wright e Waters para a trilha sonora de Zabriskie Point (1970), de Michelangelo Antonioni. Ainda que o diretor italiano tenha incluído três faixas do Pink Floyd – “Heart Beat, Pig Meat,” “Crumbling Land” e “Come in Number 51, Your Time Is Up” – no filme, “The Violent Sequence” ficou de fora.

8. Eles consideraram colocar o Surfista Prateado na capa do disco.
A capa de Dark Side é tão icônica que fica difícil até mesmo imaginar que ela poderia ser diferente. Principalmente se pensarmos que ela poderia ter uma imagem do personagem de quadrinhos Surfista Prateado. Em uma entrevista à John Harris, Powell disse que “eles nunca receberam permissão para usar a imagem” mas que era uma ideia muito “mística” e “cósmica”.

9. Dark Side of the Moon foi o primeiro disco do Pink Floyd a entrar no Top 40 dos Estados Unidos.
Antes, o maior hit da banda nos Estados Unidos havia sido Obscured by Clouds, trilha sonora que fizeram para o filme francês La Vallée, que alcançou a 46ª posição nas paradas da Billboard em 1972. Mas graças a uma forte campanha de divulgação, Dark Side of the Moon alcançou o topo após apenas dois meses de lançamento.

10. Lucros do disco ajudaram na produção de Monty Python em Busca do Cálice Sagrado
Entre as sessões de gravação de Dark Side, os membros do Pink Floyd assistiam a série britânica Monty Python’s Flying Circus. Então quando os comediantes decidiram levantar fundos para realizar o brilhante Monty Python em Busca do Cálice Sagrado, lançado em 1975, os integrantes do Floyd ficaram mais que felizes em ajudar com 10% do budget inicial do filme, de £200 mil.

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