Cradle of Filth demitiu oficialmente o guitarrista Marek “Ashok” Smerda depois que ele e sua esposa e tecladista Zoe Marie Federoff emitiram declarações expondo a insatisfação com administração da banda e compartilhando os contratos confidenciais nas redes sociais.
Logo depois o post da ex-tecladista Zoe Marie Federoff explicando os motivos de sua saída da banda, acusando a gestão do grupo de ser “desonesta, manipuladora” e de tentar “roubar dinheiro”, o perfil oficial do Cradle of Filth emitiu a seguinte nota através das redes sociais:
“É com pesar que o Cradle Of Filth anuncia oficialmente a demissão do guitarrista Marek ‘Ashok’ Smerda da banda, com efeito imediato. Apesar de todas as tentativas de difamar e atrapalhar ilegalmente a banda, o Cradle Of Filth NÃO cancelará nenhum de nossos shows na América do Sul. Embora os fãs tenham que suportar o fato de sermos uma banda com apenas um guitarrista ao vivo. Isso é claro até que o substituto temporário de Ashok chegue para se juntar à turnê em alguns dias.
Agradecemos a compreensão de todos neste terrível caso. Estamos todos em choque com os procedimentos e compartilharemos nossa versão desses lamentáveis acontecimentos em breve. Por favor, respeitem nossa decisão de nos separar de Ashok agora. E, não no final da turnê, e evitem especulações, pois mais esclarecimentos sobre a situação serão fornecidos. O resto da banda é tranquilo, mesmo que surpreso, e as acusações contra a administração, que trabalha muito próximo a mim e à banda, são completamente injustas e infundadas.
Paciência é uma virtude e a verdade sempre virá à tona. Obrigado mais uma vez, companheiros Filthlings, e estamos ansiosos pelo resto da turnê The Screaming Of The Américas aqui no Uruguai e além.
Seu amigo, Dani”
A saída de Zoë Marie Federoff e Ashok
A saída de Marek “Ashok” Smerda e da tecladista Zoë Marie Federoff do Cradle of Filth ocorreu de forma inesperada durante a turnê latino-americana da banda, gerando especulações entre os fãs. A decisão de Federoff de deixar o grupo precedeu repentinamente o anúncio de Ashok, de que ele também sairia ao final da turnê.
O casal explicou que a saída se deu por motivos profissionais e pessoais. Eles alegaram que a banda não estava priorizando seus membros. Além de o trabalho ser exaustivo para um salário relativamente baixo e de o ambiente ser estressante e “antiprofissional”.
Além disso, Federoff revelou em uma publicação que a turbulência na banda cobrou um preço em sua vida e casamento, levando até mesmo a um aborto espontâneo durante a turnê. Essa saída em conjunto, com as acusações de dificuldades financeiras e ambientais, marca um momento de transição significativa para o Cradle of Filth.
Ex-tecladista Zoe Federoff responsabiliza o vocalista Dani Filth
Além das acusações contra a gestão, Zoe responsabilizou o vocalista Dani Filth por contratar a equipe e “nunca defender sua equipe, apenas a si”. Também anexou ao post um contrato que, segundo ela, foi oferecido para um aumento de 25% (o primeiro em 7 anos) e que o advogado do casal classificou como “o contrato mais psicopata que um músico de sessão poderia receber”. Eles se recusaram a assinar e decidiram sair da banda.
“Ele [Dani Filth] pode não sujar as mãos, mas no final, ele os dirige. A atmosfera que ele cria é ameaçadora e abusiva, e constantemente nos explora por salários muito baixos e ainda demanda exclusividade para a agenda do Cradle. Nós não estamos conseguindo cobrir nem o custo de vida, e ainda assim falam para não fazermos turnês com outras bandas para completar renda. É loucura manter as pessoas trancadas na pobreza pelo ego de uma pessoa.
Nós anexamos o contrato no qual eles tentaram prender todos os membros contratados por um aumento de 25% (o primeiro aumento em 7 anos). Nosso advogado chamou de o contrato mais psicopata que poderia ser oferecido a um músico de sessão. Nós não assinamos e tomamos a decisão de sair neste ano ao invés disso.”
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