Bruce Dickinson retornou ao Brasil, pouco mais de um ano após seu último show, para uma apresentação exclusiva no festival The Town 2025, que aconteceu neste domingo, 7 de setembro, na Cidade da Música, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.
O show é parte da turnê The Mandrake Project Live 2025, que está percorrendo os Estados Unidos. Porém, o vocalista do Iron Maiden arranjou uma brecha para vir ao Brasil e realizar uma apresentação exclusiva no The Town.
Com um setlist exclusivo para o Brasil, Bruce apresentou clássicos de todas as fases de sua carreira solo. E a surpresa ficou no final do setlist, antes de começar a tocar a penúltima música, “Revelations”, Bruce fez referência à apresentação do Iron Maiden no Rock in Rio, em 1985, para 350.000 fãs, no qual ele se acidentou durante o show. Bruce disse:
“Há 40 anos, eu estava em outro lugar, na mesma rua, no Rio de Janeiro, no Rock In Rio. É sabido que cortei minha cabeça com um violão, e eles ainda usam essa foto… Então, pensei que poderíamos pelo menos prestar homenagem ao que aquela música era”. Ele então começou a cantar partes da faixa “Revelations” sem o apoio da banda e acrescentou, como introdução para a seguinte, também do Iron Maiden, “Flash Of The Blade”.
“Então é só isso que vocês vão ouvir de ‘Revelations‘. Porque pensei que poderíamos fazer isso em vez disso”, concluiu.
Bruce Dickinson entrega tudo no The Town
Bruce Dickinson segue divulgando o seu último álbum, The Mandrake Project (2024). O disco marca o seu retorno triunfal após 19 anos sem lançamentos, além da volta aos palcos, de maneira solo, após mais de duas décadas.
Antes de tocarem “Road To Hell” Bruce apresentou a banda. Acompanhado de Tanya O’Callaghan (baixo), Dave Moreno (bateria), Chris Declercq (guitarra) Philip Naslund (guitarra) e Mistheria (teclados), a apresentação foi recebida com entusiasmo pelos fãs. Os mais fervorosos, que acompanham Bruce em cada show.
Além dos fãs fiéis de heavy metal, o público em sua maioria foram ao The Town para ver os ícones do punk rock. Mas, também souberam apreciar a capacidade do vocalista de criar um projeto independente do Iron Maiden – projeto um pouco mais pesado que o Maiden, diga-se de passagem.
Bruce Dickinson apresentou basicamente o mesmo setlist que vem fazendo em seus shows. Agora, equilibrando o novo álbum com músicas solo clássicas – aliás, sem grandes novidades comparado ao show no Brasil em 2024. O desempenho vocal e a energia do vocalista foram outros grandes destaques, que apesar dos seus 67 anos, mantém os vocais afiados, sendo considerado ainda como um dos maiores do gênero.
O show contou com a música “Resurrection Man”, do último álbum The Mandrake Project, na qual Bruce tocou percussão com as mãos. Também não podia faltar a mais famosa “Tears of the Dragon”, do álbum Balls To Picasso, de 1994, sendo o ponto alto do show, com o público cantando em coro.
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